sábado, 25 de dezembro de 2010

Que 2011 seja um ano promissor para os direitos LGBTs Neste ano, a grande maioria está pouco se lixando para o cultivo de um NÃO bem grande aos preconceitos

Pensei em deixar meu texto sobre as finalizações como o ultimo de 2010, mas esta semana aconteceram coisas que me deixaram um tanto “irritada” e quero compartilhar com vocês.

Semana passada, fui com minha família no bar Estação Fradique, aqui do lado do meu consultório, e ao entrarmos o garçom vira para meu pai e diz: “Senhor, quero avisar que depois das 20h vem muitas mulheres com mulheres aqui , sabe? Aviso pra não acharem estranho”.

Eu olhei pra todo mundo e perguntei ao garçom: e o que poderia ser estranho? Todo mundo riu, mas fiquei com aquilo na cabeça.
Ontem, uma amiga me contou que foi a ginecologista e ao ser questionada sobre sua vida sexual, revelou que era casada com uma mulher.  A médica,  olhou um tanto indignada, e perguntou: sua filha sabe? “Claro, por que não?” – respondeu minha amiga.

Após alguns minutos, a médica se manifestou. “É que ela é menor de idade e tenho que deixar isso escrito”. Gente, não entendi!!!  O que é isso? Vivemos num país livre ou não? A questão é que ainda vivemos num país em que não existe educação suficiente para se aceitar e conviver com as diferenças, e o que deveria existir é somente isso, educação.

Não venham me falar que hoje existe uma melhor convivência entre a maioria heterossexual e a minoria homossexual, é balela.  A grande maioria está pouco se lixando para o cultivo de um NÃO bem grande aos preconceitos. O que fazer então? Mudar de país? Sinceramente, não sei...

Gostaria muito de mostrar para minha filha que vale a pena lutar por seus direitos e que as diferenças são só diferenças e não ameaças. Eu tento, mas às vezes me sinto única num mar de milhões...

No entanto, no meio disso tudo sei que existem, sim, pessoas que lutam, e lutam muito pelos direitos das mulheres homossexuais. Um dia desses, descobri esse site e quero dividi-lo com vocês. Lá, fazem um trabalho muito legal na promoção dos direitos das mulheres, levam informação e ajuda jurídica, entrem e vejam vocês mesmas!

Espero que 2011 seja um ano promissor no que se diz respeito aos direitos dos LGBTs, que atos de violência como os que ocorreram na Av. Paulista sejam repudiados e punidos com seriedade.

Que mulheres possam se beijar, se abraçar e demonstrar o afeto que sentem sem se importar com o lugar que estão. Que possam falar, sem medo de serem tachadas de transgressoras, a todo o mundo: Eu amo outra mulher! Eu transo com outra mulher! Eu sou casada com outra mulher!

E melhor ainda seria se cada um olhasse mais para seu próprio umbigo e percebesse que o que incomoda é aquilo de que se tem medo de fazer parte de si mesmo.

Um feliz final de 2010 e uma ótima passagem de ano a todas.

O Direito de Amar- Mofar dentro do armário não é legal, sair não é uma afronta, é um direito!

Outro dia estava relendo o livro da Edith Modesto “Entre mulheres – depoimentos homoafetivos”- Edições GLS, e uma frase me chamou muito a atenção. “As coisas têm que ser feitas para construir condições de sair do armário, cada um no seu tempo, no seu ritmo. Porque viver às claras é muito melhor, é muito mais quentinho e gostoso viver sob o sol do que mofando em um armário”.
Sou cinquentona, como se dizem por aí, e a idade me tornou capaz de viver as dificuldades com mais integridade e facilidade. Confesso isso pra dizer que sou lésbica assumida publicamente. Quer dizer, jornal, revista, mídia em geral, não faz muito tempo. Antes disso, ficava evidente que eu era lésbica porque me relacionava afetivamente só com mulheres e nas poucas vezes que me perguntaram nunca neguei.
Afirmo com todas as letras, sem qualquer arrependimento, que obtive muitos benefícios  abraçando publicamente minha identidade lésbica. Posso citar alguns: fiquei mais bem humorada, traquila, segura e minha autoestima melhorou muito. Realmente, mofar dentro do armário não é legal. Agora para viver sob o sol de maneira plena e sem receios, você tem que respeitar o seu ritmo e aos poucos ou rapidamente construir condições de se assumir.

Não é toda lésbica que pensa dessa maneira. Por diversos motivos, muitas têm uma identidade dupla, vivem variados conflitos e inventam vidas ficcionais para contar para os colegas de trabalho, amigos e familiares. Convido as minhas leitoras a refletir sobre o assunto. O mundo imagina muitos destinos para nós homossexuais e cabe a nós criar outras possibilidades, mais felizes e alinhadas com nossa verdadeira identidade. Vamos caminhar em direção das luzes e passo a passo em direção à liberdade sem problemas e sem culpas.

Medo, vergonha, constrangimento, estranhamento, culpa e a homossexualidade sempre considerada como transgressão, acaba tornando a “saída do armário” mais complicada.Afinal, o que leva algumas mulheres homossexuais a assumir sua orientação sexual em jornais, revistas, enquanto para outras o simples fato de espiar fora do armário é uma batalha?

Durante séculos, nas culturas ocidentais, o amor lésbico tem sido silenciado em público. Não vejo sentido nisso e como ser humano não me sentia realizada e feliz quando não podia ou achava que não conseguiria exercer livremente minha sexualidade. Ou seja, podia controlar meu comportamento, disfarçar, ter namoricos com garotos, inventar isso e aquilo, mas o meu desejo não! 

A minha atração afetiva e sexual sempre foi por garotas. Daí, depois de vários conflitos internos, externos, angústia e sofrimento, resolvi, respeitando o meu ritmo, não sair do armário, eu literalmente arrombei o mesmo e, para minha surpresa, as reações foram as mais inusitadas. Inclusive, bem engraçadas.

A revista IstoÉ publicou uma matéria na seção Comportamento sobre o mundo das lésbicas e numa das fotos eu aparecia abraçada com a minha companheira.
A foto é colorida e eu estava de batom vermelho. Recebi um telefonema de uma ex-colega de trabalho com quem convivi durante mais de 10 anos, comentando que não havia gostado do tom do batom e que na próxima vez que nos encontrássemos ela me presentearia com outro. Ela começou a conversa dizendo que tinha lido a reportagem. 

Eu, um pouco apreensiva e curiosa, esperava qualquer tipo de manifestação, menos esse comentário. Resultado: cai na gargalhada. A reportagem foi publicada em setembro e de Natal ganhei um batom novo da Luciana.

Deixe seus grilos e medos de lado, ame e anuncie seu amor, diga, confirme, declare, respeitando seu ritmo. Sair do armário não é uma afronta, é um direito! Faça uso dele. Dar esse passo em direção à liberdade de ser o que é importa muito. Ninguém pode realizar-se como ser humano se não tiver assegurado o respeito de exercer livremente sua sexualidade com quem desejar.

O amor nos proporciona uma experiência de transformação, é fundamental para o nosso amadurecimento. Vivendo seu amor de forma plena e livre, você vai ajudar na luta contra o ódio e preconceito homofóbico. Além de uma luta individual, é social. Você tem esse direito.

Se você é lésbica, você NÃO pode: se casar com sua parceira e usar o sobrenome dela; receber abono-família ou auxílio-funeral; ter licença-luto para faltar ao trabalho no caso da morte dela. Mas você PODE amar e ser feliz ao mesmo tempo. Eu garanto.

Nosso amor esta mais visível que nunca: filmes com temática lésbica, paradas gays, casais homossexuais nas novelas, nos anúncios, na literatura com a publicação de livros de ficção e não ficção sobre o amor entre mulheres. Não vejo sentido em esconder o nosso amor. Arrisque, ouse, ser mulher e amar outra mulher não é pecado.

A escritora Cassandra Rios, apesar de não ter assumido publicamente sua homossexualidade, censurada com 36 livros proibidos durante o regime militar, em sua última entrevista respondendo a pergunta: O que você acha do modo como a homossexualidade é tratada hoje? disse: “Há forças de ação e de retração. Alguns homossexuais estão saindo do subsolo em que viviam, se manifestam. A maioria ainda se esconde. Escrevi uns 30 livros sobre homossexualidade.É o máximo uma mulher ter coragem de falar que ama outra mulher, ou um homem falar que ama um homem...com pureza. Os homossexuais têm coragem de amar”.

Mulheres são maravilhosas. Não é à toa que tantas mulheres se apaixonam e amam mulheres.

Exercite seu direito de amar. Feliz natal!

Solidariedade e diversão no fim de ano da Off Club

A Boate Off Club Salvador promove uma grande comemoração natalina. Dessa vez a empresária Marcia Franco mesclou a já tradicional Off Christmas, com a Off  Solidária, formando a Off Christmas Solidária, que acontece na sexta, 24 de dezembro. A idéia é juntar a alegria do mais famoso natal GLS da cidade, aproveitando para disseminar boas vibrações. Além das doações de brinquedos e toneladas de alimentos que a boate doa todos os anos, parte da renda arrecadada com os ingressos da balada, serão revertidas para instituições de caridade. A diversão fica por conta dos dJs residentes Mauzz, André Ycing e Chiquinho. Valores: até 1h: R$ 20,00 / após 1h: R$ 30,00 / Camarote Premium: R$ 40,00.

No sábado, 25 de dezembro, no espaço da Off Club Eventos traz a festa Exxplosion, da MCS Produções, ao som dos DJs Feuer, Van Muller, Oliver Jack e camarote openbar de vodka a noite toda. Esta é a segunda edição do mais novo selo de baladas da produtora, que traz como atração inédita o carioca DJ Feuer, residente da festa Jukebox - de grande sucesso no Rio de Janeiro. O morenaço carioca é dono de uma seleção de house music com batidas vibrantes e antenadas, e não dispensa o seu jeito marrento e envolvente que cativa as pessoas por onde passa. Reconhecido em 2009 pelo jornal “O Globo” como um representante da nova geração de DJs brasileiros, em matéria de Ronald Villardo, Feuer tem como referência o som dos Top DJs Peter Rauhofer, Tony Moran, Hector Fonseca, Offer Nissim, Chus e Ceballos, Chris Cox, entre muitos outros internacionais e nacionais. Ele preparou um set especial que vai badalar os “sinos eletrônicos” da edição natalina da Exxplosion.

Também foram escalados para a festa os Djs Oliver Jack e Van Müller, que agitam como ninguém a pista do mais conhecido club gay da cidade. Com mais de 18 anos de carreira, Oliver é um dos fortes nomes da cena baiana, tendo recentemente tocado nas duas edições do show Noite Preta, de Preta Gil, em Salvador. Já a doce e ávida DJ Van Muller estreou nas pick-ups há 8 meses e tem se destacado noite afora, tornando-se uma das grandes revelações do ano.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Potencial do turismo GLS em debate na capital

John Tanzela, diretor executivo da associação, vai conversar com integrantes locais da entidade e também com empresários do trade turístico local para começar a divulgar e a promover a convenção anual global do IGLTA, programada para abril de 2012. O turismo GLS no Brasil representa um mercado forte e muito importante. “São 9 milhões de consumidores”, lembra Marta Della Chiesa, diretora do IGLTA, sócia da operadora catarinense Brazil Ecojourneys.
Ela comenta ainda que o Brasil vem se firmando como uma dos destinos mais promissores do mundo neste segmento e que a realização da convenção em Florianópolis vai aumentar ainda mais a visibilidade para esse excelente consumidor. O IGLTA está em 70 países, com sócios dos setores de meios de hospedagem, companhias aéreas, operadoras e agentes de turismo, entre outros setores. O Brasil é o país com o maior número de associados na América do Sul.
O evento foi captado pelo Florianópolis e Região Convntion & Visitors Bureau, e conta com o apoio da Santur e também de empresários do trade local. A reunião desta segunda-feira será acompanhada também pela jornalista Loann Halden, RP do IGLTA, que estará fazendo a cobertura do evento e também uma matéria especial sobre Florianópolis para o para o jornal The Miami Herald.

EUA preparam terreno para permitir gays nas Forças Armadas


WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono está preparando novas regras para permitir que homossexuais assumidos sirvam às Forças Armadas, mas a adoção da medida, rejeitada por alguns oficiais de alto escalão, ainda deve levar vários meses.
O presidente Barack Obama sancionou nesta quarta-feira a lei, já aprovada pelo Congresso, que revoga a política conhecida como "Não Pergunte, Não Conte". A regra, em vigor desde 1993, só permitia a presença de homossexuais nas Forças Armadas se eles não anunciassem sua condição. Pelo menos 13.000 pessoas foram expulsas das forças militares dos EUA por violarem a regra.
O secretário de Defesa, Robert Gates, apoia o fim da proibição, uma das principais promessas de campanha de Obama, e cita um estudo recente em que os militares concluíram que a revogação acarretava poucos riscos.
O Pentágono deve agora elaborar um plano para a aplicação das regras alteradas, além de decidir como as tropas serão instruídas sobre a nova política e como ficam os processos disciplinares, os benefícios e o status de quem foi demitido por violar as regras atualmente em vigor, segundo o coronel David Lapan, porta-voz do Departamento de Defesa.
Um recente relatório de um grupo de trabalho do Pentágono recomendou que não haja banheiros ou chuveiros separados para militares homossexuais, e que alguns benefícios, como assistência jurídica gratuita, poderão ser oferecidos para casais do mesmo sexo.
A revogação da política "Não Pergunte, Não Conte" entrará em vigor 60 dias depois de ser sancionada por Obama, Gates e pelo almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Mas críticos dizem que o Pentágono pode demorar a adotar as novas regras, numa concessão ao ceticismo interno.
"Este é um obstáculo político por parte dos comandantes. Os militares poderiam revogar a proibição de amanhã se quisessem, mas isso não vai acontecer", disse Aaron Belkin, diretor do Centro Palm, da Universidade da Califórnia, Santa Barbara.
Alguns oficiais de alta patente, como James Amos, comandante dos Marines, são contra a mudança, alegando que ela cria riscos para a estabilidade das Forças Armadas num momento de sobrecarga para os militares nas guerras do Iraque e Afeganistão.
Cerca de 30 por cento dos soldados entrevistados no recente estudo expressaram opiniões negativas ou preocupações sobre a revogação. Também há resistência por parte do Exército e da Força Aérea, e restrições de capelães militares que veem a homossexualidade como pecado.
Geoff Morrell, secretário de imprensa do Pentágono, negou que os comandantes tenham a intenção de protelar a reforma.
Reuters

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

No domingo 5, Avenida Paulista registra mais uma agressão contra homossexuais

Os amigos Gilberto Tranquilino da Silva e Robson Oliveira de Lima foram agredidos na madrugada deste domingo 05 na Avenida Paulista, em São Paulo. Eles haviam saído da boate gay Tunnel e caminhavam juntos – segundo Silva, Lima estava bêbado e ele o amparava - quando cinco ou seis jovens (entre eles duas mulheres) cruzaram o seu caminho mandando que os dois separassem as mãos.
“A gente se separou e seguimos em frente. Eles passaram e, depois, nos empurraram. Meu amigo caiu e um deles começou a dar socos e chutes nele”, conta Silva. O espancamento durou cerca de cinco minutos. Segundo Silva, os jovens usavam bermuda jeans e camiseta preta e o cabelo do agressor era curto, espetado e com luzes. A agressão aconteceu em local próximo aos jovens que apanharam com uma lâmpada fluorescente no mês passado, em outro caso de homofobia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Denúncias de homofobia na internet crescem 88%. De racismo e contra nazistas diminuem

Levantamento digulgado pela entidade Safernet, que se dedica a defender os direitos humanos na rede mundial de computadores, constatou que as denúncias de homofobia cometidas no mundo virtual no Brasil cresceram 88% nos dez primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2009.
Por outro lado, as denúncia de racismo caíram 57% e as de neonazismo, 65%. O Orkut concentra 93% dos tópicos denunciados. De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, há comunidades como “Matem os Travecos” e  ”Odeio os Gays”. Foram identificadas também orientações sobre como e onde matar homossexuais. Para fazer sua denúncia, entre aqui.

Adolescentes gays são menos violentos que héteros, porém sofrem mais revista de policiais

Um indicador sério do que ativistas chama de homofobia institucional, quando uma entidade tem procedimentos que discriminam LGBTs. Pesquisa da Universidade de Yale com 15 mil jovens revelou que o fato de ser gay aumenta em 50% as chances de uma pessoa ser parada pela polícia. Isso mesmo com a pesquisa indicando que jovens gays são menos propensos a cometer violência ou delitos.
Homossexuais assumidos também foram 40% mais punidos por autoridades escolares. A postura seria fazer questão de penalizar gays por um ato que seria relevado se o aluno fosse hétero. No caso das lésbicas, elas são 100% mais revistas por policiais e têm um risco maior de serem presas do que as mulheres que gostam apenas de homens.

40% dos sem teto jovens de Hollywood são LGBTs ou não sabem qual sua orientação sexual

Madonna já cantou o lado nada glamouroso de Hollywood, mas ele pode ser bem pior. Pesquisa revela que, a cada ano, aumenta o número de jovens LGBTs nas ruas do condado. O último levantamento indicou que 40% dos sem teto de até 25 anos de idade da região são LGBTs ou não sabem qual a própria identidade sexual. Trangêneros são 5%.
O consumo de drogas e a prática de crimes são comuns dentre eles. A polícia se diz preocupada com essas pessoas porque os riscos de viver na rua é grande. Os motivos que levam esse contingente para foram de seus lares  são comuns a outros jovens: abuso sexual, abandono do pais, vício em drogas e doença mentais. Mas o fato de não serem heterossexuais, de acordo com alguns, é um motivo muito forte para terem abandonado a própria casa.

Falar publicamente sobre homossexualidade será passível de multa na Lituânia

A Lituânia dá mais um passo para trás nos direitos humanos nesta quinta-feira 16. A partir deste dia, quem falar publicamente sobre homossexualidade no País será passível de multa de até 2.900 euros (cerca de R$ 6.590,00). Isso pode acontecer se for aprovada uma lei que criminaliza a homossexualidade em todo o país.
Além disso, será proibido participar de eventos como a parada gay, organizar campanhas sobre sexo seguro ou organizar um festival de cinema gay. A Anistia Internacional, em seu site em espanhol, disponibilizou um abaixo-assinado para pressionar as autoridades do país contra esse absurdo. Não titubeie. Participe, clicando aqui.

Homossexual é agredida na região da Avenida Paulista ao grito de lésbica “tem de morrer”

São Paulo está vendo a sua área mais arco-íris virar um campo de espancamento de LGBTs. Desta vez, uma lésbica foi espancada por duas mulheres ao dar um beijo na boca da amiga. A fato ocorreu na Rua Augusta, conhecida pela frequência de diversas tribos.
Quando a vítima beijou uma amiga, uma das agressoras disse em voz alta: “Tenho nojo de lésbica!”, mas continuou caminhando com outras pessoas. Instantes depois, o grupo voltou ao local e recomeçou as ofensas: “Não sei que tipo de gente é essa. Tem de morrer”. Ao enfrentar o grupo, a vítima foi segurada por uma garota do bando e espancada por outra. Não foi feito boletim de ocorrência, o que impede investigações. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.

Novela Insensato Coração, da Rede Globo, terá seis personagens homossexuais e um homofóbico

Se se confirmar o que a imprensa tem divulgado, a novela Insensato Coração, de Gilberto Braga e que estréia em janeiro de 2011, será um arco-íris só. A informação é que a trama incluirá cinco personagens gays, um lésbico e um homofóbico! E até praia homo terá! A personagem de Louise Cardoso (Sueli), para deixar mais bonito o quiosque do qual ela é a dona em Copacabana, colocará uma bandeira arco-íris no local só pela estética. Entretanto, logo o estabelecimento vira point gay!
O destino foi certeiro para Sueli, pois o filho dela Eduardo (Rodrigo Andrade) vai se descobrir homossexual, isso depois de namorar uma mulher. Uma lésbica carcereira (Cristiana Oliveira), um homofóbico (Cássio Gabus Mendes), o afetado Roni (Leonardo Miggiorin) (foto) e os papéis de Nelson Mesquita, Hugo Abrantes e Xicão Madureira completariam o time homo da novela, ou, melhor dizendo, dessa quase série gay em horário nobre.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Igreja evangélica aprova casamento gay

Marcha faz protesto contra agressões em SPUm protesto contra as agressões homofóbicas que ocorreram nas últimas semanas em São Paulo foi realizado neste domingo (12/12), na região da avenida Paulista. Na alameda Campinas, um grupo de cerca de 200 pessoas, segundo informações dos organizadores da manifestação, fizeram um “beijaço” e, em seguida, em marcha, caminharam até a avenida Paulista, no local onde um jovem foi agredido com uma lâmpada fluorescente, no dia 14. Segundo a Polícia Militar, havia menos participantes, perto de 50 De acordo com Camilo Hernandez, um dos organizadores e integrante do grupo Ato Anti-Homofobia, a manifestação teve como objetivo protestar contra as agressões, o preconceito e pedir a aprovação do Projeto de Lei Complementar que criminaliza a homofobia. A manifestação foi organizada pela internet. Panfletos sobre o ato também foram distribuídos na véspera. “É triste e preocupante constatar que, apesar da recente comoção social contra os últimos violentos ataques homofóbicos, as agressões continuam em todos os níveis”, diz nota distribuída durante a manifestação. As duas principais metas das ações do grupo, segundo André Bocuzzi, são buscar a aprovação do casamento civil entre gays e a criminalização da homofobia, prevista em um projeto de lei, cujo andamento, conforme afirmou, está parado em uma comissão do Senado. Quanto ao beijaço, a intenção, de acordo com Bocuzzi, foi banalizar o beijo gay. “As pessoas precisam se acostumar, perceber que é uma coisa normal. A gente não quer uma ditadura gay, nós só queremos proteção. Queremos chamar a atenção para essa onda homofóbica”, disse. Na página do grupo na internet, há cerca de 900 membros. O grupo disse que planeja novas manifestações. No dia 25 de janeiro, quando é comemorado o aniversário da capital paulista, um ato maior, organizado por outros grupos, deverá ocorrer. Os detalhes ainda não foram divulgados.

Um protesto contra as agressões homofóbicas que ocorreram nas últimas semanas em São Paulo foi realizado neste domingo (12/12), na região da avenida Paulista. Na alameda Campinas, um grupo de cerca de 200 pessoas, segundo informações dos organizadores da manifestação, fizeram um “beijaço” e, em seguida, em marcha, caminharam até a avenida Paulista, no local onde um jovem foi agredido com uma lâmpada fluorescente, no dia 14. Segundo a Polícia Militar, havia menos participantes, perto de 50
De acordo com Camilo Hernandez, um dos organizadores e integrante do grupo Ato Anti-Homofobia, a manifestação teve como objetivo protestar contra as agressões, o preconceito e pedir a aprovação do Projeto de Lei Complementar que criminaliza a homofobia. A manifestação foi organizada pela internet. Panfletos sobre o ato também foram distribuídos na véspera.
“É triste e preocupante constatar que, apesar da recente comoção social contra os últimos violentos ataques homofóbicos, as agressões continuam em todos os níveis”, diz nota distribuída durante a manifestação.
As duas principais metas das ações do grupo, segundo André Bocuzzi, são buscar a aprovação do casamento civil entre gays e a criminalização da homofobia, prevista em um projeto de lei, cujo andamento, conforme afirmou, está parado em uma comissão do Senado.
Quanto ao beijaço, a intenção, de acordo com Bocuzzi, foi banalizar o beijo gay. “As pessoas precisam se acostumar, perceber que é uma coisa normal. A gente não quer uma ditadura gay, nós  só queremos proteção. Queremos chamar a atenção para essa onda homofóbica”, disse.
Na página do grupo na internet, há cerca de 900 membros. O grupo disse que planeja novas manifestações. No dia 25 de janeiro, quando é comemorado o aniversário da capital paulista, um ato maior, organizado por outros grupos, deverá ocorrer. Os detalhes ainda não foram divulgados.

Pesquisas mostram aumento da violência contra homossexuais

Agressões causadas por homofobia, como as ocorridas em São Paulo e no Rio de Janeiro nas últimas semanas, estão longe de constituir casos isolados.

Algumas pesquisas registram mais de 200 assassinatos de homossexuais por ano no País.

Somados todos os tipos de agressão somente no Rio de Janeiro, de junho do ano passado até agora, já foram registradas 776 ocorrências.

De acordo com o superintendente de Direitos Individuais e Coletivos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado, Cláudio Nascimento, os dados permitem fazer uma projeção segundo a qual o número de casos de discriminação da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) atinge entre 10 mil e 12 mil por ano no País.

Conforme relatou o superintendente, desde junho do ano passado o Rio de Janeiro começou a utilizar a homofobia como motivo presumido de violência, com o objetivo de ter estatísticas oficiais sobre esse tipo de crime.

O sistema, relatou, foi implantado em 132 delegacias do estado.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira durante o seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Legislação ParticipativaCriada em 2001, tornou-se um novo mecanismo para a apresentação de propostas de iniciativa popular. Recebe propostas de associações e órgãos de classe, sindicatos e demais entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos.

Todas as sugestões apresentadas à comissão são examinadas e, se aprovadas, são transformadas em projetos de lei, que são encaminhados à Mesa Diretora da Câmara e passam a tramitar normalmente. e de Direitos Humanos e Minorias.

Notícias sobre a violência
De acordo com o antropólogo e professor emérito da Universidade Federal da Bahia, fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, o mais preocupante é que o registro de violência contra a população LGBT vem aumentando ao longo dos anos. “Nunca se matou tanto homossexual no Brasil quanto agora”, afirmou.

De janeiro a novembro deste ano, o pesquisador já contabilizou 205 assassinatos entre a população LGBT no País.

Mott, que faz o levantamento desse tipo de crime desde 1960, relatou que, entre 1960 e 1969, foram 30 ocorrências; na década seguinte, chegaram a 41.

De 1980 a 1989, o número de registros chegou a 369; saltou para 1.256 nos anos 90 e atingiu 1.429 casos na primeira década deste século.

Na média, entre 1995 e 2002, Mott chegou ao índice de um assassinato relacionado à homofobia a cada 2,9 dias. Já entre 2003 e 2010, o número de crimes chegou a um a cada 2,3 dias.

O levantamento, conforme explicou, foi realizado com base em notícias de jornais. Assim, ele acredita que a violência é ainda muito maior que a constatada em seus estudos. “Na verdade não é um assassinato a cada dois dias, todos os dias pelo menos um homossexual é assassinado”.

Jornais também foram a fonte da pesquisa Crimes Homofóbicos no Brasil: Panorama e Erradicação de Assassinatos e Violência Contra LGBT, realizada por Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez. No estudo, chegou-se a 1.040 mortes de homossexuais entre 2000 e 2007.

Fernandez também ressaltou que esse número refere-se apenas aos casos de maior repercussão. “A cada 66 horas foi publicada uma reportagem sobre o assassinato de um gay, e provavelmente os números são muito mais altos”, reforçou.

Urbanista e pesquisador associado ao Nugsex Diadorim, Érico Nascimento ressaltou que, quase sempre, as agressões ao público LGBT são praticadas por mais de uma pessoa.

“Há casos em que um homossexual é vítima de 18 agressores; um presidiário chegou a ser atacado por mais de 100 detentos e morreu”, exemplificou.

Impunidade
O presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ressaltou que das mortes registradas no ano passado, “menos de 10% tiveram prisão ou responsabilização criminal dos assassinos”.

Para o deputado, diante dessa realidade, faz-se necessário, “mais que em qualquer outra circunstância”, realizar uma grande campanha de mobilização pela aprovação do projeto que criminaliza a homofobia, em análise no Senado.

“Temos consciência de que uma lei, no primeiro momento, não vai mudar a cabeça das pessoas, mas vamos reduzir a impunidade”, defendeu.

Criminalização do preconceito
Duas mães de jovens vítimas de violência devido à homofobia também reivindicaram a aprovação da proposta.

Angélica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, jovem de 14 anos assassinado no Rio de Janeiro em junho deste ano, argumentou que “ninguém tem de tolerar ninguém, temos que conviver bem com a diversidade, com respeito à vida. Algo emergencial deve ser feito”.

Viviane Marques, mãe de Douglas Marques, baleado no Parque Garota de Ipanema (RJ) no último dia 14, segundo disse, por militares, também defende a aprovação de uma lei específica contra esse tipo de crime. “As pessoas têm que ter liberdade de ser quem são. Está complicado ser livre neste País”, sustentou.

Mobilização
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) cobrou mais mobilização dos movimentos de defesa dos homossexuais.

Sem isso, na opinião do deputado, dificilmente o Parlamento vai aprovar conquistas para a categoria.

Segundo Alencar, “a maioria dos parlamentares não têm nenhum compromisso com os problemas levantados nesse debate”.

O antropólogo Luiz Mott aconselhou a população LGBT a mobilizar-se. “Uma medida simples, que qualquer um pode acionar, é cada vez que encontrar uma notícia ou manifestação homofóbica mandar uma cartinha desconstruindo esse monstro que é a homofobia”, disse Mott, que também é autor do livro Violação dos Direitos Humanos e Assassinatos de Homossexuais no Brasil.

Campanha Voto contra a Homofobia.

Com o lema “Voto contra a Homofobia, Defendo a Cidadania”, a campanha visa identificar candidatos(as) que assumem abertamente o compromisso com a promoção da cidadania de pessoas LGBT, e que poderão fazer a diferença para estes segmentos da população no Legislativo e no Executivo no período de 2011 a 2014.

A lista inicial de candidatos(as) consta abaixo e também está disponível em www.abglt.org.br , no menu direito, em eleições 2010, e se baseia em termos de compromisso e e-mails de adesão recebidos nas últimas duas semanas.

Até o momento, foram recebidos termos de compromisso ou e-mails de adesão de:

1 candidato à presidência da república
1 candidato a senador
25 candidatos(as) a deputado(a) federal
3 candidatos a governador
20 candidatos(as) a deputado(a) estadual

São 7 candidatos assumidamente gays, 1 candidata travesti e 42 candidatos(as) aliados(as) da causa LGBT.

Os Termos de Compromisso para candidatos(as) que querem firmar seu compromisso com a população LGBT estão disponíveis em http://www.abglt.org.br/port/eleicoes2010_downloads.php

No Legislativo, a campanha pede principalmente o compromisso com a apresentação e aprovação de projetos de lei que promovam os direitos das pessoas LGBT, com ênfase no combate à discriminação, o reconhecimento legal das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, e o uso do nome social de travestis e transexuais (o nome pelo qual escolhem ser chamadas, que condiz com sua identidade de gênero, muitas vezes diferente do nome de registro civil).

No Executivo, destaca-se o compromisso com a implementação das decisões da 1ª Conferência Nacional LGBT e das Conferências Estaduais LGBT (2008). Nos estados, a ênfase está na criação de coordenadorias de políticas para LGBT como parte da estrutura dos governos, a elaboração e implementação de planos estaduais de promoção da cidadania e direitos humanos de LGBT, baseados nas resoluções das conferências estaduais LGBT, e a criação de conselhos estaduais de promoção da cidadania e direitos humanos de LGBT, como uma instância de controle social.

 
Também é uma reivindicação da ABGLT a defesa do Estado Laico, sendo o Estado em que não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais.

Solicitamos que eventuais correções e acréscimos sejam enviados para os e-mails presidencia@abglt.org.br e vdwrm@hotmail.com

 A lista será atualizada toda quinta-feira.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Após ataques a gays, Globo vai falar de homofobia em 'Malhação'

A Rede Globo entrou de cabeça no assunto homofobia. Depois dos violentos ataques contra homossexuais em São Paulo e no Rio de Janeiro, a emissora pretende aprofundar mais a história de Cadu (Binho Beltrão), que se assumiu gay na série Malhação.
Segundo informações da coluna Zapping, Cadu quase levou uma surra de uma turma mascarada no último capítulo. O drama do personagem vai continuar no folhetim por mais um tempo.

Notícias » Brasil » Brasil Suposto grupo neonazista ameaça atacar parada gay no RS

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

GRUPOS NAZISTA PLANEJAVA ATACAR SINAGOGAS E GAYS


Um grupo de seguidores de Hitler criado em São Paulo, que planejava explodir sinagogas e atacar caminhadas gays, tem ramificações na Região Metropolitana e na Serra. Formada por jovens de classe média e com pelo menos 50 integrantes e simpatizantes no Estado, a Neuland (nova terra, em alemão), é a versão mais radical de militantes neonazistas em atividade no país há pelo menos três décadas. Segundo a polícia, assemelham-se a organizações terroristas noticiou o ZERO HORA. – Se antes negros, judeus, nordestinos e homossexuais eram agredidos, agora a Neuland propõe ataques terroristas – diz Paulo César Jardim, titular da 1ª Delegacia da Polícia Civi, que investiga neonazistas no Estado.Criada pelo paulistano Ricardo Barollo, 34 anos, coordenador de projetos especiais de uma das maiores empreiteiras do país, a Neuland pretendia eleger vereadores e prefeitos no Sul e em São Paulo. Como os neonazistas mundo afora, defende a superioridade branca, ataca judeus e nega o holocausto. No Estado, a Neuland buscava seguidores na White Power Sul Skins (Poder Branco do Sul), mais organizado, com pelo menos 25 de seus seguidores já indiciados por diferentes crimes pela Polícia Civil, entre eles tentativa de homicídio.Plano era atacar passeata gay Embora a polícia não confirme, os contatos mais prósperos de Barollo no Estado ocorreram na Serra. Mentor da organização, o paulistano é suspeito de envolvimento nas mortes do estudante de Direito mineiro Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e de sua namorada, Renata Waechter Ferreira, 21 anos. Dayrell disputava a liderança da Neuland com Barollo. Por supostamente divergir do paulista, o mineiro foi executado em abril, na Região Metropolitana de Curitiba. Renata morreu por ser sua namorada.Antes de Barollo ser preso, em maio, só os companheiros mais próximos do paulista – alguns deles moradores de Caxias – conheciam os planos de atentados. Entre 2007 e 2008, o paulista visitou a cidade e manteve contatos com 10 simpatizantes. A conexão com o Estado começou a ser desbaratada em maio. Na casa de supostos integrantes do grupo, a polícia apreendeu bombas caseiras e mais de uma centena de objetos DVDs, fotos, livros, fardas militares e computadores. – Tenho certeza de que eles iriam explodir sinagogas e atacar homossexuais em manifestações públicas. Evitamos uma tragédia – diz o delegado. Entre prováveis alvos, estava a passeata do orgulho gay que reúne milhares de pessoas na Capital. O ato marcaria o início de uma série de ações que colocariam em evidência o projeto, o que a polícia crê ter evitado. Uma das hipóteses apuradas é o envolvimento de militares do Exército com a organização. Pelo menos um soldado do 3° Grupo de Artilharia Antiaérea foi identificado. Outros três militares são investigados.

Ministra de Direitos Humanos apoia adoção por casal gay

 
A futura ministra dos Direitos Humanos no governo Dilma Rousseff, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), disse que irá defender no Ministério a adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Segundo o jornal Folha de S.Paulo deste sábado, a ministra defende que a criação de um filho independe da orientação sexual dos pais. A opinião de Maria do Rosário, pedagoga e um dos primeiros nomes a serem anunciados para o novo governo, pode esbarrar na ala evangélica do congresso, de acordo com a publicação.
A deputada federal quer uma política rígida contra a homofobia, classificando as recentes agressões a gays como assuntos de grande urgência para serem resolvidos, e afirmou que criará medidas contra estes crimes de forma imediata, assim que assumir o novo cargo. A pressa de Maria do Rosário é tanta que ela afirma que as leis que criminalizam a homofobia devem ser aprovadas sem nem passar pelo Congresso. Outro ponto controverso defendido pela nova ministra dos Direitos Humanos é a concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários a prostitutas.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

homofobia escola educação

Um "professor" de uma Faculdade particular de Teresina(PI) foi demitido, depois de ter distribuído uma prova, onde havia um texto altamente ofensivo e homofóbico. Como se já não bastassem todos os trogloditas que saem por ai espancando gays, agora até professores, profissionais que, se supõe, deveriam ter uma visão mais clara do mundo, também incitam o ódio. Parabéns aos alunos que se recusaram a fazer a prova, e parabéns também a direção da Faculdade por ter demitido esse imbecil. Pena que provavelmente esse mau elemento irá continuar lecionando espalhando ódio e intolerância por onde passar. A Secretaria de Educação do Piauí deveria cassar a matrícula desse pulha.
A reportagem é da Folha de São Paulo:
"Professor é demitido no PI após prova com texto contra gays
Exame dizia que sexo homossexual é feito "no mais puro estilo animal"; para docente, texto não é homofóbico
Uma faculdade particular de Teresina (PI) anunciou a demissão de um professor substituto depois que ele aplicou uma prova com artigo ofensivo a homossexuais.
Cerca de 30 estudantes de serviço social da Faculdade Adelmar Rosado deixaram a sala por causa do conteúdo do texto, na segunda-feira.
O artigo, sem assinatura, é contrário à aprovação de projeto sobre a união civil homoafetiva. Um trecho diz que a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo "contraria a ordem das coisas".
Na prova, os alunos precisavam, por exemplo, identificar o tema e resumi-lo. Não havia espaço para opinarem.
O professor Raimundo Leôncio Fortes, de metodologia de trabalho científico, assumiu a autoria do texto.
A aluna homossexual Narailka Yasmin Soares e Silva, 20, disse que ficou chocada, principalmente ao ler o último parágrafo -onde se justifica que homossexuais não podem expressar o amor, pois a relação sexual é feita "no mais puro estilo animal".
Alguns alunos pediram a anulação da prova, conforme Liana Santanna, colega de turma de Narailka. Mas Fortes mandou a turma se calar, segundo Liana.
Narailka disse que começou a tremer, passou mal e saiu da sala. Foi então acompanhada por outros colegas.
Segundo a coordenadora do curso, Iris Neiva de Carvalho, a posição do professor não condiz com a do quadro docente da instituição e a turma terá uma nova prova.
À Folha o professor reconheceu que não deveria ter aplicado o texto, mas disse não considerá-lo homofóbico, pois não estimula a discriminação. Para ele, o artigo tem argumentações filosóficas e a estrutura era compatível com as questões.
Já o psicólogo Antonio Carlos Egypto, do GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual), afirma que o texto é homofóbico por adotar argumentos que validam o preconceito. Um deles seria considerar que só a relação heterossexual é natural.
Para ele, uma prova sobre o assunto deveria adotar ao menos um texto divergente.
Trecho da prova
"Essa pretensão entre os homossexuais não tem sentido, não devendo ser reconhecido juridicamente [...] contraria a ordem das coisas relativas à sexualidade e genitalidade humana. Sendo o ânus um órgão não receptor, como a vagina, mas expelidor de excrementos, não existem mecanismos facilitadores deste tipo de relação [...] por ser uma relação cuja posição não é face a face, mas ao contrário, no mais puro estilo animal""


Fonte: Folha de São PauloDivulgar é uma ótima arma contra o preconceito

Deputado Pode ser Expulso da Comissão de Direitos Humanos por HomofobiaO Deputado Federal e militar Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou em entrevista ao programa “Participação Popular" da TV Câmara, que os pais deveriam dar um “couro” nos filhos com tendências homossexuais para mudarem de comportamento. A declaração do Deputado alimenta as ações homofóbicas, se um parlamentar eleito pelo povo e para servir o povo defende agressões a homossexuais, homofóbicos se sentem representados por ele e motivados a praticarem os seus crimes. Bolsonaro pode ser expulso da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDH). A alternativa é uma entre outras que serão examinadas na reunião de quarta-feira, em que os membros da CDH vão analisar a "receita" do deputado para mudar a opção sexual de menores. A deputada Iriny Lopes (PT-SC), Presidente da Comissão, afirma que tal declaração agride duas vezes os direitos humanos, por pregar a violência contra crianças e por estimular reações homofóbicas. "É um absurdo escolher para a CDH pessoas que passam longe do espírito da comissão", diz. Membro da CDH, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) critica o PP por ter indicado Bolsonaro para a comissão. Ele prevê que se mantiver a mesma posição no ano que vem, a legenda passará a ser conhecida como "o partido da homofobia". "Uma pessoa tão contrária aos direitos humanos não pode pertencer à comissão", afirma. "É muita sandice, os movimentos de direitos civis deveriam fazer uma campanha nacional para combater esse tipo de postura", defende. Bolsonaro ironiza a reação dos colegas. "Estou me lixando para eles, eu sou um dos poucos (integrantes) heterossexuais, então sou minoria, eles têm de respeitar as minorias", disse, debochando das reações. A situação do gay no Brasil está ficando cada vez pior, será se chegaremos num ponto em que teremos que pedir asilo político para outros países para nos livrarmos da homofobia do Brasil? Estamos no país que mais mata homossexuais no Mundo e não temos uma lei que criminaliza o ódio contra homossexuais. O PLC 122 está no senado desde 2006 e acredito que dificilmente ele será aprovado. Temos mais de 12% do legislativo em todo o Brasil sendo ocupados por setores fundamentalistas e que fazem objeções ao projeto. Não podemos nos calar, a margem da sociedade não é o nosso lugar, temos que exigir os nosso direitos.

O Deputado Federal e militar Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou em entrevista ao programa “Participação Popular" da TV Câmara, que os pais deveriam dar um “couro” nos filhos com tendências homossexuais para mudarem de comportamento. A declaração do Deputado alimenta as ações homofóbicas, se um parlamentar eleito pelo povo e para servir o povo defende agressões a homossexuais, homofóbicos se sentem representados por ele e motivados a praticarem os seus crimes.
Bolsonaro pode ser expulso da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDH). A alternativa é uma entre outras que serão examinadas na reunião de quarta-feira, em que os membros da CDH vão analisar a "receita" do deputado para mudar a opção sexual de menores. A deputada Iriny Lopes (PT-SC), Presidente da Comissão, afirma que tal declaração agride duas vezes os direitos humanos, por pregar a violência contra crianças e por estimular reações homofóbicas. "É um absurdo escolher para a CDH pessoas que passam longe do espírito da comissão", diz.
Membro da CDH, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) critica o PP por ter indicado Bolsonaro para a comissão. Ele prevê que se mantiver a mesma posição no ano que vem, a legenda passará a ser conhecida como "o partido da homofobia". "Uma pessoa tão contrária aos direitos humanos não pode pertencer à comissão", afirma. "É muita sandice, os movimentos de direitos civis deveriam fazer uma campanha nacional para combater esse tipo de postura", defende. Bolsonaro ironiza a reação dos colegas. "Estou me lixando para eles, eu sou um dos poucos (integrantes) heterossexuais, então sou minoria, eles têm de respeitar as minorias", disse, debochando das reações.
A situação do gay no Brasil está ficando cada vez pior, será se chegaremos num ponto em que teremos que pedir asilo político para outros países para nos livrarmos da homofobia do Brasil? Estamos no país que mais mata homossexuais no Mundo e não temos uma lei que criminaliza o ódio contra homossexuais. O PLC 122 está no senado desde 2006 e acredito que dificilmente ele será aprovado. Temos mais de 12% do legislativo em todo o Brasil sendo ocupados por setores fundamentalistas e que fazem objeções ao projeto. Não podemos nos calar, a margem da sociedade não é o nosso lugar, temos que exigir os nosso direitos.

GAYS são agredidos por homofóbicos na Paulista

Trê jovens foram agredidos hoje na Av. Paulista, São Paulo, por um grupo de cinco jovens homofóbicos. A primeira agressão aconteceu na proximidade da Estação Brigadeiro do Metrô, a segunda próximo ao número 700 da avenida.
No primeiro ataque aos gritos de: "Suas bichas, vocês são namorados. Vocês estão juntos", o grupo atacou o jovem identificado como Rodrigo, fótografo de 20 anos, que estava na companhia de um amigo de 19. "Eles pareciam totalmente inofensivos. São boyzinhos mesmo. Eles usavam roupas de marca. Quando passavam pela gente, um deles me deu um soco no rosto", disse Rodrigo que, ao ser agredido correu para se proteger, mas infelizmente seu amigo não teve a mesma sorte e foi parar no hospital. "Quando liguei no celular dele, uma mulher atendeu dizendo que ele estava totalmente ensanguentado", contou o Rodrigo.
Os homofóbicos continuaram em sua jornada de ódio e com lâmpadas fluorescentes, atacaram Luis Alberto de 23 anos, estudante de jornalismo.  "Quando passaram pela gente, vimos que um deles levava duas lâmpadas grandes nas mãos. Ele me chamou. Quando virei, ele já me atacou no rosto com a lâmpada. Em seguida, usou a outra lâmpada. Se não tivesse reagido, teria apanhado menos, mas eu não me arrependo", contou Luis. Como estavam em maior número, os cinco marginais imobilizaram Luis e continuaram a bater. "Me deram uma chave de braço e continuaram a bater", disse.
Uma testemunha do ataque chamou a polícia e os bandidos foram conduzidos ao 5º DP, na Aclimação. O grupo de homofóbicos é formado por quatro menores de idade e um rapaz de 19 anos que estudam juntos em um colégio do Itaim Bibi, bairro nobre da região oeste de São Paulo. A mãe de um deles afirmou que o filho apenas teve uma "atitude infantil".
Essa notícia e tão revoltante quanto desanimadora, fica inclusive difícil escrever alguma coisa em relação a isso. São tantas coisas envolvidas nessa atitude absurda, que nem sei por onde começar. Óbvio que as agressões são absurdas e odiosas, mas tem também a atitude dessa mãe, que classifica esse ato de barbárie como "apenas uma atitude infaltil", será que se fosse o contrário ela continuaria com essa opinião? Todos sabemos a resposta.
Esses imbecis de classe média, estudam em um bom colégio e tem assesso a informação, portanto, sabem muito bem o que estão fazendo. Fica claro, diante da declaração da mãe, que tipo de formação moral esses marginais tem.
Quanto aos jovens agredidos, o que de mal eles estavam fazendo? O que de tão grave eles faziam para merecer todo esse ódio? A resposta é óbvia, eram, ou foram identificados como, gays. Ser homossexual, para os homofóbicos, é motivo mais que suficiente para a agressão. Agressão essa que é respaldada e validada, não só pela declaração da mãe, mas por toda a sociedade, principalmente as instituições religiosas e o governo que não tomam as atitudes necessárias e cabíveis para que isso não ocorra mais.
Esse fato está sendo noticiado em vários veículos de informação, mas o grande problema é que muitos outros fatos como, ou piores que esse, acontecem a todo o momento em todo o Brasil, pior, sem que tomemos conhecimento. Mas se há nesses casos a diferença de local e classes sociais, existe a semelhança do "modus operandi". Além da motivação clara de ódio, há a grande covardia dos homofóbicos. Duvido que esse jovens agressores teriam a coragem de atacar um grupo de homossexuais em maior número. Esses idiotas sempre se valem da vantagem numérica e da impunidade, ou alguém realmente imagina que eles serão devidamente punidos?Divulgar é uma ótima arma contra o preconceito

Sou feliz, meu filho é gay

Sou mãe de três rapazes jovens, saudáveis, inteligentes, dois são heterossexuais e um deles é homossexual.


Todos foram criados e educados com muito carinho e amor e de maneira semelhantes, claro que tivemos vários problemas mas conseguimos juntos superá-los. Sempre fui uma mãe super protetora, atenta a tudo, querendo participar da vida de meus filhos e muitas vezes até sendo até inconveniente confesso.


Em 2005, fui surpreendida com a afirmação de meu filho de 16 anos: “mãe, sou gay!”, mesmo tendo sido uma mãe presente e atenta, não notei essa situação, e ao saber levei um choque, chorei, sofri, rezei, fomos ao psicólogo, acreditei ser passageiro, mas também resolvi: quero entender, estudar, saber tudo sobre essa situação. Li muito, pesquisei, entrei em um grupo de ajuda para mães de homossexuais. E, na época, meu filho gay foi minha prioridade. Não conseguia entender o que se passava com ele. Mas, aos poucos, quase que como milagre, entendi que ele não tinha opção.


A orientação sexual não é uma questão de livre arbítrio. É natural e espontânea, se não fosse daria para mudar... Se ele pudesse, tenho certeza, não escolheria ter essa confusão toda.


Tendo conhecimento disso, consegui compreender, aceitar e amar meu filho como ele é:
uma pessoa maravilhosa, como tantos jovens por ai que se encontram com esse mesmo “problema”.


Também resolvi ver ‘in loco’ os ambientes que ele freqüentava. Parti para a luta, isso é, conheci seus amigos e namorados. Gente normal, como todos nós, e muito mais sensíveis, compreensivas e muito carentes de amor e compreensão. Isso me sensibilizou muito, e compreendi que se os pais dessas pessoas os acompanhassem e vissem que na maioria das vezes eles estão realmente sós. Se divertindo sadiamente, dançando, conversando e até namorando em bares, boates, onde são aceitos sem restrições, sem recriminações, onde se sentem iguais. E lá me senti acolhida, até amada, e me olhavam com admiração, “nossa uma mãe na balada gay e com o filho”, “como gostaria que a minha viesse, que me acompanhasse, que me entendesse” e por ai afora. O ouvi muitas indagações e afirmações de meninos e meninas tão normais e ao mesmo tempo tão discriminadas e tristes, sem terem a quem recorrer.


Desse momento em diante, não mais diferenciei os cuidados com meus três filhos, agora, os vejo todos iguais. Aconselho a todos que se protejam, se cuidem usando camisinha em seus relacionamentos, os aceito com suas namoradas e namorado em minha casa, sempre mantendo o devido respeito. Acredito que essa atitude, de conhecer seus amigos e de aceitá-los em casa, faz com que eu fique mais tranqüila e que todos me respeitem, me escutem, dividam comigo seus problemas e alegrias e me amem cada vez mais. Porque o que interessa para nós, mães, é que nossos filhos sejam felizes. E eu posso afirmar, sou mais feliz depois que soube que meu filho é gay.

Meu filho é gay: e agora?


É verdade: nenhum pai sonha em ter um filho homossexual. Mas também é verdade que filho não veio ao mundo para realizar os sonhos dos pais. Portanto, aceitar e aprender a lidar com a situação é a melhor – e única – maneira de manter uma boa relação com ele. E o que muitos pais esquecem é que, com a descoberta da homossexualidade, a angústia do filho é gigantesca e avassaladora. E ele precisa de ajuda. Claudio Picazio, psicólogo especializado em sexologia, sabe que não é fácil, mas afirma que é preciso mudar a maneira de pensar. “Antes de ter um filho, o casal projeta uma história, imagina um destino para esse filho. E nunca se leva em conta que ele possa ser gay, mas pode”, diz o psicólogo. “Eles têm a fantasia de que se tiverem uma filha, ela será uma santa; se tiverem um filho, ele será o garanhão. E nem sempre é assim”. Os pais erraram?
Não. É comum os pais se perguntarem, logo quando descobrem a sexualidade do filho, “onde foi que eu errei?”. Um engano. “Os pais não determinam a sexualidade do filho. O que eles determinam é como seus filhos vão levar sua vida amorosa”, explica Claudio, que aconselha a instruir os filhos a terem bom caráter, seja lá com quem irão se relacionar. Só se usa a palavra opção quando há uma chance de escolha. E não é o caso. “Se eu gosto de quindim e brigadeiro, e só posso comprar um deles, eu tenho que fazer uma opção: escolher um doce. Se as alternativas são lasanha e dobradinha, para mim, que odeio dobradinha, não há opção. Pois eu só gosto de um dos pratos”, associa o psicólogo. “A pessoa não escolhe. E não há explicação para o desejo erótico”. E aquela teoria de que o certo é o homem se atrair por uma mulher, por uma questão de reprodução, é uma besteira. “Nenhum homem olha uma gostosa na rua e diz: ‘quero ter um filho com ela’, certo?”. Novos sonhos Se seu sonho era que seu filho casasse com uma mulher e lhe desse netos, aceite, eles não serão realizados. E você não pode cobrar isso. “O pai terá que readaptar seus sonhos. E perceber que não importa com quem ele se relaciona. Deve amar seus filhos de qualquer jeito, independentemente se ele é heterossexual ou não”, defende Claudio. Claudio Picazio se recorda de uma atitude que ele considera perfeita, vinda de pais que têm um filho gay: “Em 25 anos de profissão, só vi um caso realmente saudável nessa situação: os pais perceberam que o filho era gay e vieram me procurar para livrar-se do preconceito que eles tinham”. Por isso, se for seu caso, procure enxergar as coisas de uma outra maneira. “São os pais que devem consolar o filho. E não ao contrário. Eles precisam dar suporte a esse filho que está vivendo a angústia de descobrir que é homossexual. E não esperar que os filhos lhe amparem. Essa obrigação é dos pais”, afirma. Vença seus preconceitos
Dizer que o filho gay é aquele que foi mimado pela mãe ou teve o pai ausente é outro erro. “Isso é uma bobagem. O que costuma acontecer é exatamente o oposto: Eles descobrem que o filho é gay. O pai, que não se identifica, se afasta. A mãe, para tentar compensar, superprotege. E daí surgiu esse mito”, esclarece Claudio. Não tocar no assunto é outra postura comum. “Os homens, principalmente, não falam sobre o assunto. Não querem trazer à tona que o filho é homossexual. E isso é muito ruim para as relações familiares”, diz o psicólogo, que desmascara uma forma de fuga: “Não adianta dar a desculpa de que respeita a individualidade do filho e por isso não mexe no assunto. Isso é mentira. Encare a situação!”, aconselha. Ser homossexual não exige tratamento. Mas ser preconceituoso, sim. “É preciso tratar o preconceito. Os pais têm que segurar a barra do filho, por isso, para facilitar a aceitação, eu aconselho que eles procurem um terapeuta especializado em sexualidade”, indica. Aconteceu comigo
Luciano prefere não revelar o nome para preservar o filho. Mas diz com toda certeza que não tem problema nenhum com isso. “Meu medo é que meu filho sofra na rua, com a violência que existe por aí, inclusive contra homossexuais”, conta ele, que tem 53 anos. “Se eu disser que fiquei feliz quando soube, estaria mentindo. Não era o que eu queria para o meu filho. Minha primeira providência foi conversar com a mãe dele, que já sabia”. Foi difícil, ainda mais porque já eram separados. Mas ela tinha a cabeça muito mais aberta do que a minha na época e me fez enxergar que meu filho não deixou de ser a mesma pessoa que eu tanto amo e nada ia mudar”, conta ele. “Já conheci um namorado dele e foi estranho. Mas é lógico que eles me respeitam e não fazem nada na minha frente. Mas, se você parar para pensar, seria estranho do mesmo jeito se eu visse a minha filha, que é heterossexual, se agarrando com um rapaz na minha frente”. Julio* não teve a mesma sorte com seu pai, que pediu a ele que saísse de casa. “Meu pai falou aquela velha frase que todo ignorante fala: que prefere filho morto a filho gay. Tenho 27 anos, sou independente e ajudo meus pais financeiramente. Claro que seu eu me formei foi graças a eles. Eu reconheço isso. Mas se eles precisarem um dia morar comigo, não vou abrir as portas”, diz. “Foram eles que me expulsaram, pois não queriam conviver com um gay, não é?. Então, se um dia precisarem, terão que assumir a consequência da postura que tiveram no passado. Não dá para aceitar que eles passem a fingir que me aceitam só para ter o que precisam”.

* O nome foi alterado a pedido do entrevistado

Ricky Martin não vai se casar até que o casamento gay seja legal em Porto Rico

Ricky Martin não pensa em se casar com o namorado. Pelo menos não enquanto o casamento gay for ilegal em Porto Rico.
Em entrevista ao site "Pop Crunch", o cantor descartou oficializar a união de três anos em outros países.
"Infelizmente, não temos a opção do casamento em nosso país. Poderíamos ir para a Espanha ou Argentina, e fazer alguma coisa simbólica e bonita, mas não é o que eu quero. Quero ter os direitos que qualquer cidadão em meu país tem. Não quero ser um cidadão de segunda classe. Queria que isso acontecesse na ilha onde eu nasci e onde eu morrerei", disse Martin.
Homofobia

A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Jovem gay é assassinado por skinheads em São Gonçalo




Na madrugada de domingo para segunda-feira (21/06), o adolescente gay Alexandre Ivo, 14, foi sequestrado por um grupo de jovens enquanto esperava o ônibus. A vítima foi espancada, torturada e asfixiada até a morte, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML). O crime aconteceu em São Gonçalo (RJ) e pode ter sido motivado por homofobia.

Alexandre havia saído no domingo para assistir ao jogo do Brasil na casa de um amigo, onde ele e os colegas se envolveram em uma briga. A vítima e seus amigos deram queixa na delegacia e depois voltaram para a festa. Às 2h30, Alexandre resolveu voltar para a casa. Enquanto esperava o ônibus, o garoto foi sequestrado, assassinado e seu corpo jogado em um terreno baldio.

O delegado Geraldo Assed, da 72ª DE (Mutuá), que está cuidando do caso, disse suspeitar que o crime tenha sido praticado por skinheads e motivado por intolerância. Graças a denúncias anônimas, três suspeitos foram identificados como possíveis assassinos do jovem.

Telefonemas anônimos informaram que um Corsa branco de placa KQH 4119, que é de um dos suspeitos, rondava o local onde o corpo de Alexandre foi encontrado. Segundo o delegado, eles descobriram que os suspeitos pregam o ódio contra homossexuais nas redes sociais.

A Justiça decretou a prisão dos suspeitos na última quarta-feira (23/06). São eles: Eric Boa Hora Bedruim, Alan Siqueira Freitas e André Luiz Cruz Souza, todos os rapazes com 23 anos de idade. Os três suspeitos estão sendo acusados de praticar homicídio duplamente qualificado por motivo torpe.

Manifestação
Amigos e familiares irão realizar neste domingo (27/06) um protesto por conta do assassinato de Alexandre. O ato será realizado na Praça Zé Garoto, onde será realizada a Parada Gay de São Gonçalo. Os organizadores pedem para que todos os participantes compareçam vestindo roupa preta. O ato está marcado para as 15h.

Veja a seguir a reportagem exibida na última quarta-feira (23/06) no "RJTV" sobre o assassinato.