domingo, 28 de agosto de 2011

Rapaz mata gay e come fígado da vítima em cidade mineira




SANDUICHEIRA USADA PARA ESQUENTAR O FÍGADO




Na cidade mineira de Alfenas, a polícia prendeu na última quinta-feira, 25, Fernando Alves, 20 anos, acusado de matar a facadas o cabeleireiro Gilvan Firmino Pereira, mais conhecido como Willians, dentro da própria casa dele, na Rua Américo Totti. Depois de tirar a vida do homossexual, o rapaz ainda retirou o fígado dele e tentou comer depois de esquentar em uma sanduicheira.O corpo de Gilvan foi encontrado mutilado na manhã de quinta-feira por policiais que arrombaram a porta da casa dele depois de terem recebido denúncia dando conta de que havia sangue escorrendo para o lado de fora da residência da vítima, que morreu por volta das 3h da madrugada, segundo relatos dos vizinhos, que ouviram os gritos do cabeleireiro. A polícia listou as características de Fernando e ele foi preso ainda na manhã de quinta-feira, confessando o crime logo de cara. Em entrevista coletiva no mesmo dia na delegacia, ele confessou também que retaliou o corpo de Gilvan, retirou o fígado dele e assou em uma sanduicheira elétrica para comer. "Estava sem sal, a carne era ruim então dei para o cachorro", revelou friamente à imprensa. Responsável pelo caso, o delegado Leonardo Bueno Procópio esclareceu que Gilvan tinha o hábito de acolher Fernando em sua casa para que ele usasse drogas. Gilvan teria tentado manter relações sexuais com o jovem, mas ele resistiu. Na segunda tentativa de Gilvan ele teria perdido a cabeça e matado o cabeleireiro. Ele foi esfaqueado no peito, nas costas, teve a ponta de seu nariz cortada, boca desfigurada, fígado arrancado e muitos cortes pelo braço. Além disso, Fernando cortou os testículos da vítima e os colocou na boca de Gilvan porque "ele queria me chupar, ele que chupe ele mesmo".Natural de Alfenas, Fernando era garçom, mas depois de seu envolvimento com o crack sua vida teria ficado desequilibrada. Ele vai aguardar o julgamento em regime fechado e responderá por homicídio triplamente qualificado.


CENTRAL

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Primeiro casamento civil gay autorizado no Rio será realizado amanhã


O casal Cláudio Nascimento Silva e João Batista Pereira da Silva vai se casar na tarde desta quarta-feira (24) no Rio de Janeiro no primeiro caso de união estável entre homossexuais que foi convertida em casamento civil pela Justiça no Estado.
A cerimônia vai ocorrer às 16h30 no cartório da 7ª circunscrição de Registro Civil de Pessoas Naturais, no bairro do Estácio, na região central da capital. Entre os 18 padrinhos estará o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc.
Cláudio é superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. João Batista é militar da Marinha e assistente social.
O pedido de conversão de união estável de João e Cláudio em casamento civil foi feito no dia 1º de julho no cartório da 7ª circunscrição de Registro Civil de Pessoas Naturais e foi decidido em sentença proferida pelo juiz da vara de registros públicos, Fernando Cesar Ferreira Viana, em 15 de agosto, porém a notícia só foi recebida na última sexta-feira (19).
O juiz utilizou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 5 de maio, que julgou procedente Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) número 132 do governador do Rio, Sérgio Cabral, como base para sustentar a sua decisão.
Como testemunhas, o casal convidou os coordenadores dos Centros de Referência da Cidadania LGBT da Baixada Fluminense, Ernane Alexandre, e da capital, Almir França, que prestaram assistência jurídico-social ao casal.
O casamento oficial terá validade retroativa a data de 11 de setembro de 2010, quando o casal firmou, no Parque Lage, na zona sul, a sua união estável através de declaração registrada.
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Retirada de outdoor com texto bíblico causa polêmica em SP

http://i2.r7.com/outdoor-ribeirao-preto-g-20110823.jpgUm outdoor com três citações bíblicas, entre elas uma que dá destaque à passagem do livro de Levítico, do Velho Testamento, tem provocado uma grande polêmica na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

A passagem exibida no outdoor faz uma alusão a uma interpretação bíblica que trata de práticas homossexuais: “... se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...”, diz o texto.

A Justiça de Ribeirão Preto determinou na sexta-feira (19) a retirada do outdoor alegando conteúdo homofóbico do texto. A decisão foi da 6ª Vara Cível da cidade, após uma ação civil pública da Defensoria Pública de São Paulo contra a Casa de Oração de Ribeirão Preto e empresa Nóbile Painéis.

A retirada ocorreu um dia antes da realização da Parada Gay da cidade e suscitou uma discussão sobre a liberdade de expressão, religiosa e até sexual dos responsáveis pela mensagem, afinal se trata da exposição de um trecho da Bíblia amplamente disseminado entre religiosos.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Justiça de Ribeirão Preto teria considerado a proximidade da Parada Gay para ordenar a retirada.

Segundo Ives Gandra Martins, advogado, tributarista, professor universitário e um dos mais renomados juristas brasileiros, a ordem da Justiça fere o direito à liberdade de expressão. Ele fala até em “discriminação às avessas”.

- Eu tenho a sensação que hoje qualquer crítica que se possa fazer à conduta a qualquer das pessoas pode representar cerceamento, e isso faz com que, na verdade, nós passemos a viver em uma discriminação às avessas. Se nós analisarmos a Constituição no artigo 3º, ela é muito clara ao dizer que não pode haver discriminação de qualquer espécie. Por outro lado, no artigo 220, diz que a liberdade de expressão é absoluta. Na medida em que cada juiz vai analisar o conteúdo da expressão de cada cidadão, faz com que na prática, nós não tenhamos mais liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão fica condicionada ao que a autoridade disser que pode se dizer.

Adriana Galvão Moura, presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB de São Paulo tem outra posição.

Embora reconheça que a liberdade de expressão é um direito constitucional, ela adverte que essa liberdade “não pode ferir a dignidade das pessoas".

- Eu tive acesso ao conteúdo do outdoor e entendo que a interpretação do juiz foi correta.

Prefeitura impõe condições para Parada Gay em Londrina


A Prefeitura Municipal de Londrina divulgou, nesta terça-feira (23), uma nota estabelecendo condições para a realização da 1ª Parada do Orgulho Gay na cidade. O evento, que tem data marcada para o dia 4 de setembro, será realizado pela Ong Asdaci - Associação de Defesa, Apoio e Cidadania LGBT de Londrina. De acordo com a organização, a Parada percorrerá a avenida Leste/Oeste, com saída às 15h na rotatória da avenida Universo com rua Abélio Benatti e término no Terminal Rodoviário de Londrina, na avenida Dez de Dezembro. 

Na nota divulgada, a Prefeitura esclarece que vai cobrar dos organizadores o cumprimento de todas as obrigações legais para a realização de eventos na cidade, que compreende as autorizações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), da Secretaria Municipal do Ambiente, da Secretaria de Fazenda e da Polícia Militar e agentes de Trânsito. Além disso, no dia 13 de julho, foi assinado um termo de compromisso com a Secretaria do Ambiente com condicionantes para garantir o sossego público, já que haverá trio elétrico no evento. 

A Prefeitura também cobra a colocação de banheiros químicos na proporção de 1 para cada 100 pessoas, segurança privada, ambulância médica a disposição no local e o recolhimento do ECAD. 

O prefeito Barbosa Neto comunicou aos organizadores que não haverá dinheiro público para o evento como manda a lei e colocou a disposição o Autódromo Ayrton Senna, por entender que é o lugar mais seguro para a realização da Parada. A cessão do autódromo seria por meio do pagamento da taxa administrativa pela utilização de um bem público.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DESTINO


Gays, alguns dizem que é coisa do capeta, que Deus nunca vai perdoar esse tipo de gente, que é uma coisa inaceitável, que todos os homossexuais vão pagar pelo seu pecado de se deitar com outro homem, na própria bíblia diz que isso é pecado, mas na minha opinião a bíblia foi feia para agradar os gregos e os troianos, as pessoas deixam se levar de mais por um livro com coisas de mais de 100 mil anos atrás, hoje em dia pessoas doam sangue porque ta na bíblia, uns bebem porque ta na bíblia, agora se a bíblia diz pra você se matar, você vai se matar? Não que eu não acredite na bíblia e nas suas palavras, mais acredito que Deus ama todas as pessoas independentes do que elas sejam, independente da sua opção sexual, de tudo, o amor dele é igual pra todo mundo, claro que dois homens juntos é um pecado pra Deus, mais ele não vai te castigar por amar uma pessoa do mesmo sexo, impedir de ser feliz com aquela pessoa que te atrai, ele só quer que você seja feliz, eu acredito que o amor não se vê opção sexual, e sim coração e sentimento, não vejo nada de errado em 2 pessoas de amarem e ser felizes juntas, mais cada um com a sua opinião.

Candidata do Piauí é eleita Miss Brasil Gay 2011 em disputado concurso O concurso, que está na sua 35ª edição, contou com representantes de 24 Estados e do Distrito Federal.

Raika Bitencourt, candidata do Piauí, foi eleita Miss Brasil Gay 2011 na noite de sábado (20) em Juiz de Fora (MG). O concurso, que está na sua 35ª edição, contou com representantes de 24 Estados e do Distrito Federal. A representante do Piauí venceu também as categorias traje típico e de gala. Ela recebeu a faixa de Miss Brasil Gay 2011 das mãos de Carol Zwick, vencedora da edição de 2010, e levou um prêmio de R$ 2 mil.



Raika Bitencourt desfilou com traje típico cravejado de cristais e penas de faisão coloridas em verde, representando a carnaúba, planta típica do Piauí. A criação e confecção são do estilista Henrique Filho. Quando voltou à passarela, com traje de gala, ela estava com vestido inspirado nos cristais da Catedral de Notredame de Paris.


Raika nasceu em Bias Fortes (MG). Ela já havia participado do Miss Brasil Gay em 2006, quando representou o Estado do Tocantins. Para a disputa deste ano, ela afirmar ter feito investimento somente em trajes em torno de R$ 50 mil. Longe das passarelas, seu lado masculino é enfermeiro-chefe em dois hospitais de Madre De Deus de Minas.

Assim como em 2008, quando a candidata de Pernambuco, Lizandra Brunelly, levou ao palco traje evocando Nossa Senhora do Carmo, neste ano foi a vez da representante de Minas Gerais trazer a religiosidade para passarela. Emanuelle Fernandes homenageou o barroco mineiro com traje lembrando a Virgem Maria.



Fonte: Uol

Parada Gay de Ribeirão Preto tem público abaixo do esperado; veja fotos


Evento contou com participação de líder religioso e de representantes políticos

Com público abaixo do esperado, a sétima edição da Parada do Orgulho LGBTT de Ribeirão Preto reuniu homossexuais e simpatizantes na Avenida Nove de Julho, neste domingo (21), a partir das 13h. Aos poucos, a multidão – que segundo a Guarda Municipal não passou de três mil pessoas, bem abaixo dos 15 mil participantes esperados - foi se formando até que, às 15h30, a festa começou oficialmente.

Muitas famílias, com crianças e idosos, foram vistas no meio do povo, agitado pelo som de música eletrônica e consumindo bebidas alcoólicas, como cerveja e uísque, vendidas por ambulantes. Houve distribuição gratuita de preservativos e panfletos de grupos que lutam pela diversidade sexual. Até o início da noite, de acordo com a GM, apenas foi registrado o furto de um telefone celular. A Polícia Militar confirmou que não atendeu nenhuma ocorrência relacionada à manifestação.
Fantasiados ou não, com adereços que variavam da simplicidade de bandeiras do arco-íris a produções mais elaboradas, lésbicas, gays, transexuais e representantes públicos seguiram cinco trios elétricos em alto som – a despeito da existência de ao menos quatro hospitais nos arredores -, em direção às avenidas Presidente Vargas e Antonio Diederichsen.
O trajeto deste ano foi alterado após uma ação do Ministério Público, segundo o coordenador de infraestrutura da parada, Fábio de Jesus, 22 anos. “Houve uma denúncia na Praça Sete de Setembro. A população não queria que a festa fosse lá. A promotoria entrou com uma ação contra nós permitindo fazer a parada em qualquer outro lugar, menos lá”, afirmou, adiantando que para o ano que vem os organizadores devem investir em divulgação para atrair mais participantes da região.
Foi ele o autor da denúncia contra a placa publicitária religiosa com mensagem homofóbica instalada em frente à Câmara Municipal, dias antes do evento. “Foi um afronte à comissão da parada gay”, disse.
Também marcaram presença na manifestação líderes religiosos, como Dom Ricardo Lorite de Lima, arcebispo da Igreja Anglicana do Brasil, o vice-prefeito Marinho Sampaio e Heloísa Gama Alves, coordenadora de políticas de diversidade sexual da Secretaria de Justiça do Estado.
“A parada gay é um momento de festa, mas é um dia de reflexão também. É momento de pensarmos o quanto essa população tem sua cidadania garantida e momento de se mostrar que são pessoas comuns”, afirmou Heloísa.

Policiais gays e lésbicas formam rede para lutar contra homofobia

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo
breno gays segurança pública LGBT (Foto: Flavio Moraes/G1)Breno é gay e atua como agente penitenciário em
Campinas (Foto: Flavio Moraes/G1)
Policiais, agentes penitenciários, vigilantes ou outros profissionais que atuam na área de segurança pública e  que assumiram publicamente a homossexualidade resolveram se unir para lutar contra a homofobia. Para isso, criaram a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT (Renosp-LGBT), que hoje conta com 50 integrantes.
São delegados, policiais civis e militares, bombeiros, guardas e agentes prisionais que passaram a não mais esconder a opção dos colegas de trabalho e a lutar contra o preconceito a gays, lésbicas, travestis e bissexuais no meio em que atuam.

Um dos integrantes, o agente penitenciário Breno Agnes Queiroz, de 26 anos, conta que o grupo foi formado durante um evento no Rio de Janeiro, em novembro de 2010, que reuniu operadores de segurança pública do país para discutir formas de lidar com a população LGBT.

“O seminário era para fazer algo para a segurança pública da população, mas aproveitamos que alguns de nós éramos homossexuais para nos reunirmos e defendermos nossos interesses”, afirma Breno, que tem o apoio dos colegas do presídio em que trabalha em Campinas, no interior de São Paulo.

“Sempre tem gente achando que vamos nos aproveitar da situação, por ser homossexual, na hora da revista de algum detento. Eles acham que tem que ser macho para colocar autoridade. Mas nossa presidente é uma mulher e sabe liderar. Há muita homofobia no meio policial”, diz.

O agente declara que “há uma homofobia institucional velada ou latente, que pode se manifestar de várias formas”. Para ele, o preconceito, porém, não é da corporação: mas sim, “das pessoas” que convivem com os policiais assumidamente gays ou lésbicas.

“Eu tive que trabalhar muito a conscientização dos meus colegas. Tive que mostrar que não sou nada diferente, que não há motivos de me impedir de fazer um tipo ou outro de serviço. Sabemos separar a opção sexual do trabalho”, afirma.
maicon renosp glbt (Foto: Arquivo Pessoal)Maicon é policial rodoviário federal em Pelotas, no 
Rio Grande do Sul (Foto: Arquivo Pessoal)
'Preconceito institucional'
Casado há 13 anos com um guarda de trânsito de Porto Alegre, o policial rodoviário federal Maicon Nachtigall, de 33 anos, reclama que tem que lutar diariamente contra o que chama de “preconceito institucional”. Ele acredita que é discriminado por ser homossexual.

“Sou um dos policiais que mais se destaca no relacionamento com a comunidade e em trabalhos sociais na minha região e nunca consegui uma promoção por merecimento. O fato de ser gay me impede de competir e vencer com os outros da mesma forma”, afirma.
Breno e Maicon concordam sobre a falta de uma política pública nacional sobre o tema, afirmando que tiveram que brigar individualmente para garantir o respeito nas corporações principalmente para integrantes da Polícia Militar, onde o militarismo impede que assumam suas opções sexuais sem ter medo de repreensão de superiores ou de homofobia.
“Ainda não há uma política interestadual. O que fazemos são trabalhos isolados, em cada estado, em cada polícia. Conheço muitos gays na Polícia Federal, na Polícia Civil e na Polícia Militar aqui no estado que não assumem, por medo. Ser gay ainda é um desafio nessas corporações”, afirma Maicon, que atua em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

G1 conversou também com duas lésbicas que integram a rede, uma PM de São Paulo e uma policial civil do Mato Grosso do Sul, que pediram para não ter o nome divulgado porque, apesar de não sofrerem discriminação dos colegas, temem que a corporação não entenda a forma como estejam expondo sua opção sexual.

“A gente não precisa escancarar”, diz a policial militar de São Paulo, que pediu para não ser identificada e não gosta de falar do assunto. “Nunca sofri preconceito por parte dos meus colegas do policiamento e nem vi discriminação deles com gays ou lésbicas na rua", afirma ela.

‘Não precisa usar placa’
Policial civil há 11 anos no Mato Grosso do Sul, Joana (nome fictício) escondeu dos colegas policiais durante 5 anos o relacionamento que tinha com outra mulher, com quem morava. Tudo mudou quando uma escrivã lhe perguntou por que fazia isso.
maicon renosp glbt (Foto: Arquivo Pessoal)Policiais e agentes de segurança LGBT formaram a
rede em 2010 (Foto: Arquivo Pessoal)
“Sofri muito com a minha história, tinha muito medo, não me expunha. Quando ia para festas da polícia, ela me largava na esquina, não entrava comigo. Descobri que não precisa fazer isso. Se estou com ela, por que esconder?”, questiona Joana.

“Não precisa dizer abertamente, usar placa, mas também não precisa esconder”, diz ela, que atua em uma delegacia da mulher.
Joana já viveu situações de homofobia no trabalho, mas lidou com elas. “Tem mulheres que vão me procurar porque foram agredidas pelo marido, dizendo que ouviram deles frases tipo: ‘Pode ir procurar aquela delegada sapatão’. Os agressores às vezes usam isso para me atingir, mas sei lidar com as situações”, afirma.

“Eu não posso levantar bandeiras, porque lido com a população e preciso me preservar e porque ainda há um certo receio e preconceito. Mas tomei a decisão de não esconder mais dentro da polícia para encorajar outras pessoas”, acrescenta ela.

Opção sexual na polícia
A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo informou que "não há nenhum preconceito com relação a funcionários LGBT  e nem presos" e que a pasta integra um comitê interestadual de defesa da diversidade sexual da qual fazem parte servidores da secretaria e que tem por objetivo definir diretrizes de combate à homofobia.

A assessoria de imprensa da PRF informou o fator sexual da pessoa não tem nenhuma influência e que não há diferenciação nem preconceito dentro da PRF por questões de opção sexual. Segundo a PRF, todo servidor público tem um código de ética a cumprir, independentemente de outros fatores.

Em nota, a Polícia Militar de São Paulo diz que "é uma Instituição legalista e comprometida com a dignidade da pessoa humana" e que "não há discriminação quanto à origem de seus integrantes quanto à raça, cor, religião, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero". A corporação diz que a postura do policial, quando em serviço, é a mesma exigida para qualquer pessoa que integre a PM.

Já a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmou em nota "não possuir qualquer dispositivo para impedir ou dificultar o acesso de pessoas LGBT à seus quadros". Segundo a Polícia Civil do MS, "a filosofia institucional é de que a opção sexual é de caráter personalíssimo e só se torna impedimento se motivar crime ou irregularidade administrativa prevista em lei".
Ministério da Justiça
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou, em nota, que a Renosp-LGBT foi criada em 2010 no I Seminário Nacional de Segurança Pública para LGBT: Pela Defesa da Dignidade Humana, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

Depois do seminário, a Renosp-LGBT foi convidada para participar das discussões do Grupo de Trabalho de Combate à Homofobia. Trata-se de uma instância dentro do Ministério da Justiça, que reúne representantes de diversas áreas com o objetivo de fomentar políticas públicas de combate e prevenção à homofobia em todo o Brasil.

Ainda no âmbito dos direitos LGBT, o Ministério da Justiça elaborou, em 2010, a Cartilha de Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade. De iniciativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública do próprio ministério, o objetivo da publicação é aprimorar as políticas públicas de proteção e promoção dos direitos humanos e a redemocratização dos organismos policiais. Até o fim do ano passado, foram capacitados cerca de 170 mil policiais em vários temas dos direitos humanos, entre eles os direitos LGBT.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Londrina realiza Primeira Parada do Orgulho Gay, em setembro

Uma organização não-governamental (ONG) de Londrina (a 102 quilômetros de Maringá) vai realizar a Primeira Parada do Orgulho Gay da cidade. No dia quatro do próximo mês, os organizadores esperam reunir cerca de 20 mil pessoas em uma caminhada entre a praça do início da Avenida Leste-Oeste e a Rodoviária.
A promoção é da Associação de Defesa, Apoio e Cidadania LGBT de Londrina. Um dos representantes da entidade, Fábio Eduardo (não quis identificar o sobrenome), disse que o evento é para lutar contra o preconceito.
"Primeiro, nós vamos fazer em Londrina porque nunca teve. Também para que a população se acostume e acabe com a violência e o preconceito, cada pessoa tem que ser respeitada do jeito que é", defendeu.
A parada já tem as presenças confirmadas de Ariadna e Dicésar, ex-BBBs, além da Miss Transex Eduarda e da Miss Gay Verônica. Os convidados estarão em cima de quatro trios elétricos que vão animar a parada.
Também virão caravanas de cidades como Maringá, Cascavel, Arapongas e Apucarana. Fábio Eduardo comentou que a inicitiva tem entrada gratuita e é aberta a todos, não apenas ao público LGBT.

Rodrigo Minotauro diz que não treinaria com gays para evitar "maldade"


O lutador Rodrigo Minotauro, um dos principais nomes do MMA, negou qualquer tipo de preconceito, mas disse que não treinaria com gays. Em entrevista à revista Trip, ele explicou que prefere evitar qualquer tipo de “maldade”, já que o vale-tudo é um esporte de contato.
“Não [tenho preconceito com gays]. Mas eu não treinaria com gay. Eu não tenho maldade, não acho aquele contato físico sexual. Mas vai que ele tem essa maldade de ter um contato físico comigo, de ficar ali agarrado... Eu não teria problema nenhum de ter um aluno gay na minha academia, mas preferiria não treinar com ele”, disse Minotauro, que foi capa da publicação.
Em uma longa conversa, Minotauro falou sobre sua infância na Bahia, como superou um atropelamento por um caminhão aos 11 anos e sobre sua carreira. O lutador ainda demonstrou confiança para a sua luta contra Brendan Schaub, que acontecerá no UFC Rio, que será realizado no dia 27 de agosto.
“Ele pediu para lutar comigo. O cara quis me pegar em um momento de fraqueza, em que não estou no meu melhor, depois de três cirurgias. Mas meu jiu-jitsu é melhor que o do Schaub, minha técnica é melhor, tenho um treino que ele não tem, sou um lutador que ele não é. Me acho mais talentoso, mais forte e mais completo que ele”, disse Minotauro.
O lutador, visto por colegas de octógono como um dos líderes da atual safra de brasileiros no esporte, falou também sobre seu irmão. Também destaque no MMA, Rogério Minotouro teria feito as vezes de Minotauro em uma entrevista no Japão.
“Na virada de 2004 para 2005, fui lutar na final do Pride [extinto evento de MMA] lá no Japão contra o Fedor [Emelianenko]. O evento era meio afastado de Tóquio. Às dez da noite havia uma apresentação na Fuji TV. Estava nevando. Fiquei em uma estação de metrô congelando, e a produção me ligando. Quando eram quase dez horas eu falei: meu irmão está aí no ginásio, bota um capuz e apresenta como se fosse eu. Ninguém percebeu nada”, revelou Minotauro.

Sejudh participa da VI Parada do orgulho LGBT de Ananindeua

Neste domingo, 21, a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) do município de Ananindeua vai às ruas. A VI Parada LGBT da segunda cidade mais populosa do estado do Pará tem como tema “Lutar por direitos é lutar pela vida”, e busca ressaltar a importância do respeito à opção sexual de cada indivíduo. Mais de 200 mil pessoas são esperadas para o evento, que recebe defensores das causas gays não só da Região Metropolitana de Belém, como também de outros municípios do estado. A concentração inicia às 15h, na Praça da Bíblia, localizada na Cidade Nova III.
Este ano, a “VI Parada” vem na perspectiva de combater a violência e garantir direitos humanos, por meio de oficinas dinâmicas e participativas. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por intermédio da Coordenadoria de Proteção à Livre Orientação Sexual, participa do evento, que é organizado pela Associação de Livre Expressão Sexual de Ananindeua (Alesa), que por sua vez, é filiada ao Movimento LGBT do Pará. Mais de 30 instituições, voltadas à garantia de diretos e da cidadania de LGBT, integram o movimento estadual que reivindica direitos desse grupo.
Para o Coordenador de Proteção à Livre Orientação Sexual, Samuel Sardinha, a parada gay “é um marco para a construção de políticas públicas voltadas para à comunidade LGBT de Ananindeua. Um momento único, que a sociedade civil se reúne e defende a cidadania e os direitos desta população. Assim o governo do estado reafirma seu compromisso com a comunidade LGBT, estando presente e preparado para ouvir a sociedade perante seus anseios para, juntos, buscar soluções dentro da perspectiva da parceria: Governo do Pará e Sociedade Civil Organizada”, explica.
Ellyson Ramos – Ascom Sejudh

Papa é recebido com beijaço homossexual

A frase, em uma faixa, foi direta: “Aqui você não é bem recebido. Aqui é uma zona gay”. Essa foi apenas uma das estratégias que a comunidade LGBT de Madri utilizou para mostrar o desprezo pela visita do papa Bento XVI à capital espanhola na quinta-feira 18.