sábado, 26 de novembro de 2011

Casal gay espanhol invade transmissão ao vivo de TV com um beijo

Durante uma transmissão ao vivo da emissora de TV Al Jazeera, com sede no Qatar, com o correspondente de Madri, dois homens invadiram a gravação que era realizada na rua ao ar livre e se beijaram.
A cena ocorreu no domingo, quando o candidato Mariano Rajoy do PP (Partido Popular) venceu as eleições na Espanha para o cargo de primeiro-ministro, em uma resposta da população espanhola à crise econômica em que o país se encontra.
A transmissão ao vivo continuou normalmente, sem o repórter aparentar ter percebido o beijo que ocorria atrás dele. Alguns segundos depois, a câmera aproxima o zoom do rosto do correspondente e os jovens saem de cena.
Um dos dois protagonistas afirmou ao jornal local "Público" que eles estavam protestando contra a possibilidade de o governo rever a decisão da lei que permite o casamento homossexual na Espanha.
Durante seu governo, o premiê José Luis Rodriguez Zapatero legalizou em 2004 o casamento gay, apesar das objeções da Igreja Católica e das queixas do PP.
Rajoy, por sua vez, disse durante a campanha eleitoral que mudaria essa lei. "Não gosto do fato de haver casamento gay e não acho que isso seja constitucional", afirmou em entrevista ao jornal espanhol "El País".
VEJA O VÍDEO

APÓS FRASE POLÊMICA Gays rejeitam ator Caio Castro

Parece que o público gay não perdoou Caio Castro, que disse à revista "Quem" preferir ter fama de pegador do que de veado. O ator da Globo estava em quarto lugar na votação dos 50 homens mais sexy do ano da revista "Junior". Mas, depois que a polêmica declaração foi divulgada, na quarta-feira, ele foi caindo posições, terminando em 19º lugar. A eleição foi encerrada ontem e contou com 143.569 votos. O vencedor foi o mister Brasil 2011 Lucas Malvacini. Cauã Reymond ficou em segundo lugar, seguido de Malvino Salvador, em terceiro, e Ricardo Tozzi, em quarto. Na lista, Tuca Andrada foi 28º, à frente de Rodrigo Lombardi (36º) e de Rodrigo Santoro 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Caio Castro e os preconceitos embolorados

Caio Castro é o mais novo galã que povoa o imaginário do público feminino e masculino. Na pele do vilão Antenor da novela Fina Estampa(Rede Globo), ele não convence necessariamente pelo talento – falta expressão, sangue e vontade de artista. Sem dúvida, faz sucesso principalmente pela beleza.
Parece, contudo, que o velho ditado “por fora bela viola” pode ser aplicado ao novo bonitão do horário nobre, que no auge de sua projeção nacional vem disseminando “bolor” em frases e atitudes midiáticas. A mais recente foi para a revista “Quem”, que contestou sua fama de pegador.
“Antes pegador que veado, né?”, disparou Caio, reproduzindo inconscientemente um pensamento social e preconceituoso: “prefiro que meu filho tenha várias mulheres, faça sexo com várias, que seja homossexual”. Ele se coloca em uma posição superior só porque é hétero.
Penso, todavia, que o galã disse a frase sem a consciência de que estaria ofendendo toda uma classe já discriminada, além de usar uma palavra pejorativa. Mas nem por isso o livra da responsabilidade como figura pública (ele é o bam-bam-bam do horário nobre) e de estar ultrapassado como artista. Arte definitivamente não combina com preconceito.
Para quem não se lembra, a frase se assemelha à do jogador Ganso, em 2010: “Graças a Deus não tem gay nos Santos”. E a do modelo (e ex-participante de A Fazenda) Miro Moreira: “Gosto de mulher, graças a Deus”. Ou seja, querem dizer nas entrelinhas que se livraram de um mal, que não fazem parte de algo negativo, que graças a Deus não têm a companhia de homossexuais e não são gays.
Trata-se do preconceito inconsciente que todos temos, apesar de negarmos. Ele aparece em frases aparentemente ingênuas e sem propósito de ofender. Mas que está ali, dentro de uma mentalidade de massa: e sem dúvidas a homossexualidade não é motivo de orgulho por aqui. 
Ganso voltou atrás e pediu desculpas. “A todos que se sentiram feridos com minha declaração, peço desculpas novamente e reafirmo que o mal-entendido é fruto de uma falha de comunicação, da qual vou tirar importantes ensinamentos para minha vida”. Já Miro ficou quietinho e (olha que contradição!) ganhou até a capa de uma revista gay.
O fato é que eu até simpatizava com Caio, achava ele realmente bonito e torcia para o seu crescimento como ator (na novela Ti-Ti-Ti, por exemplo, acho que ele mandou bem). Mas penso que ele esteja se perdendo com tanto assédio. Espero que ele volte atrás e comece a pensar mais em suas declarações (ele tem até argumentado a favor do personagem Antenor, que escondeu a mãe e rejeita a gravidez da namorada).
“Acho que ele é só um jovem perdido, um pouco fora do rumo", concluiu Caio sobre o personagem.Seria uma autocrítica?

Novela indiana exibe pela primeira vez um romance gay

Pela primeira vez, dois anos após a homossexualidade se tornar legalmente permitida na Índia, uma telenovela se atreve a mostrar uma relação amorosa entre dois homens.


"Se você ama um homem ao invés de sua esposa, que necessidade havia de casar comigo?", pergunta em um capítulo da novela a jovem recém-casada para seu marido, depois de flagrá-lo trocando apaixonados "Te amo" com seu amante.


"Maryada... Lekin Kab Tak" ("Honra, mas a que custo?", em hindi) é um drama focado em uma típica família patriarcal de Haryana - cidade no norte da Índia - envolvendo lutas de poder e confusões amorosas.


A telenovela, que está prestes a chegar a 300 episódios, estreou em outubro de 2010, mas foi só em maio deste ano que introduziu a trama gay, que apresenta um homem recém-casado, primogênito de uma rica família, que se declara homossexual.


"A homossexualidade é uma realidade, existe e devemos aceitá-la", declarou a autora Damini K. Shetty ao jornal indiano "Economist Times" quando a polêmica história surgiu no roteiro.


Transmitida à noite, "Maryada... Lekin Kab Tak" obtinha audiência média de 1% nas primeiras semanas, segundo a revista "India Today", mas entre maio e junho, quando a temática gay foi introduzida, o índice aumentou para 1,2%, até atingir o atual 1,6%.


O produtor da novela, Tony Singh, disse ao jornal "Indian Express" que se tratava de um experimento. "Mas o fato é que, à medida que difunde a conscientização sobre temas tabu, as pessoas tenderão a ser menos críticas. É a única maneira de evoluir".


Na televisão indiana, já existiram personagens gays, mas apenas em papéis secundários e muitas vezes cômicos e exagerados, com um estereótipo "afetado".


No site da associação Gay Mumbai, a aparição de "Maryada" é comemorada como um "passo adiante", pois, segundo a entidade, "mostra uma ruptura de muitos dos estereótipos existentes na maioria das representações da homossexualidade dentro de Bollywood".


Os atores que interpretam o casal homossexual são Dakssh Ajit Singh (de 30 anos, protagonista) e Karan Singh (29), que se transformaram em ícones para a comunidade gay na Índia, embora se declarem heterossexuais na vida real. 
Segundo o "India Today", o maior receio de Dakssh era romper com sua imagem masculinizada. No entanto, os dois atores acabaram aceitando o papel ao perceber a oportunidade profissional oferecida.


"Se dois atores de Hollywood como Jake Gyllenhaal e Heath Ledger puderam atuar em "O Segredo de Brokeback Mountain", eu definitivamente poderia aceitar o desafio", destacou Karan Singh.


Embora façam parte da realidade indiana, inclusive nas zonas rurais, os homossexuais foram tradicionalmente discriminados em uma sociedade conservadora, que rejeita a discussão pública sobre a sexualidade. Por isso a televisão abordou o tema apenas após o Tribunal Superior de Délhi entender que a criminalização da homossexualidade violava a Constituição.



Nas ruas da capital indiana, as opiniões sobre "Maryada" se dividiram. A estudante de moda Manisha Dubey, por exemplo, disse à Agência Efe que não compreende o motivo pelo qual a sociedade "não faz o esforço de entender os gays".


"Meus pais abrem cada vez mais sua mente. Eu costumo ver a novela com eles e, embora ainda não cheguem a aceitá-la, estão no caminho certo. Meus avós, no entanto, sei que nunca aceitariam a homossexualidade", explicou a jovem, de 24 anos.

Casal de pinguins gays do Canadá recebe nome de "Brokeback Iceberg

Casal de pinguins gays do Canadá recebe nome de Na foto, os espécimes machos de pinguim-africano Buddy (Foto AP)
A notícia sobre a separação de dois exemplares machos de pinguins-africanos (Spheniscus demersus) do zoológico de Toronto, no Canadá, devido ao relacionamento afetivo entre eles, chamou a atenção da imprensa internacional.
De acordo com a Associated Press, tamanha foi a polêmica após o zoo anunciar que vai separar as aves batizadas de Pedro e Buddy que o caso foi apelidado de “O segredo de Brokeback Iceberg”, comparando a história a do filme “O Segredo de Brokeback Mountain”, que aborda o relacionamento homossexual entre dois vaqueiros dos Estados Unidos.
A separação, que deverá ocorrer em breve, é para beneficiar a espécie segundo a administração do local: os pinguins-africanos são considerados ameaçados de extinção e por isso, os dois machos serão reunidos a exemplares fêmeas com a finalidade de reprodução. Posteriormente, Pedro e Buddy serão recolocados em um mesmo ambiente no mesmo zoológico de Toronto.
Casal de pinguins gays do Canadá recebe nome de "Brokeback Iceberg"

Casal de pinguins gays adota filhote abandonado

Casal de machos chocou ovo rejeitado pelos pais biológicos em zoo e agora cria filhote adotivo.

Dois pinguins machos "gays" chocaram um ovo abandonado e agora estão criando o filhote como se fossem pais adotivos, informou o zoológico de Bremerhaven, no norte da Alemanha.
O zoológico entregou aos machos Z e Vielpunkt o ovo, que havia sido rejeitado pelos pais biológicos, depois que o casal foi observado tentando chocar uma pedra.
Segundo o zoológico, o casal parece feliz criando o filhote, nascido há quatro semanas.
O zoológico de Bremerhaven ficou conhecido em 2005 por conta de seus planos de "testar" a orientação sexual de pinguins com características homossexuais.
Na época, três casais de pinguins machos foram vistos tentando cruzar um com o outro, e tentando chocar pedras, entre eles Z e Vielpunkt.
O zoológico chegou a providenciar quatro fêmeas em uma tentativa de levar a espécie ameaçada a se reproduzir, mas o plano foi logo abandonado depois de causar revolta entre defensores dos direitos gays, que acusaram o zoo de interferir no comportamento dos animais.
Presente de Páscoa
Os seis pinguins "gays" permanecem no zoológico, e segundo a instituição, "Z e Vielpunkt aceitaram o 'presente de Páscoa' e começaram a chocá-lo imediatamente".
"Desde o nascimento do filhote, eles vêm se comportando do modo que você esperaria de um casal heterossexual. Os dois pais felizes passam os dias protegendo, cuidando e alimentando seu filhote adotado."
Os pinguins de Humboldt são normalmente encontrados na costa do Peru e do Chile, mas segundo a agência de notícias AFP, sua população vem decrescendo por causa da pesca intensiva na região.
O comportamento "gay" entre pinguins machos já havia sido observado, inclusive alguns teriam criado filhotes adotivos.
O comportamento homossexual é bastante documentado entre várias espécies animais, mas não é compreendido em detalhes, afirma o professor Stuart West, um biólogo especializado em evolução da Universidade de Oxford.
Segundo West, algumas teorias indicam que a atividade homossexual pode servir objetivos diferentes - no caso dos macacos bonobos, por exemplo, poderia estar relacionada à ligação social e ao estabelecimento da dominância. Em algumas espécies de pássaros, fêmeas se juntam para criar os filhotes.
Outros animais podem simplesmente exibir uma "tendência a acasalar", enquanto outros podem, como seres humanos, gostar de sexo sem fins para procriação.
"A homossexualidade não é incomum entre os animais", declarou o zoológico de Bremerhaven.
"Sexo e acasalamento no nosso mundo não necessariamente têm algo a ver com reprodução." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

Quiseram me derrubar pelo fato de eu ser gay, afirma ex-reitor da Federal de Rondônia

José Januário de Oliveira Amaral não resistiu à pressão: após ser eleito e reeleito reitor da Unir (Universidade Federal de Rondônia), decidiu renunciar ao cargo na última quarta-feira (23). A ele, creditam a maioria dos problemas pelos quais passa a universidade: obras paradas, laboratórios prestes a explodir, salas abandonadas e verbas que desapareceram.
Em entrevista exclusiva ao UOL Educação, ele nega as acusações e vai mais longe. Afirma que “não tem dúvida” de que o movimento para derrubá-lo no cargo começou pelo fato de ser gay assumido. “A greve [dos professores e estudantes] sempre foi política, nunca foi por melhoria de condições da universidade”, diz.
A conversa aconteceu na manhã de quinta-feira (24) em Porto Velho, no escritório do advogado de Amaral, Diego Vasconcelos, e na presença de três assessores. Em pelo menos dois momentos, a entrevista foi interrompida pelo defensor, que quis “pontuar” determinados aspectos da fala do ex-reitor.
UOL EDUCAÇÃO: Professor, a reportagem viu no campus de Porto Velho da Unir diversos problemas, como o almoxarifado do laboratório de química que pode explodir caso entre em contato com água. Além disso, há também o mato alto. Como e por que a situação chegou a esse ponto? O que foi feito até agora para resolver esses problemas e porque eles continuam assim?

José Januário de Oliveira Amaral: A nossa universidade tem problemas cruciais desde a sua criação. Só para você ter uma ideia, no campus de Porto Velho, não existe rede de esgoto. Nós também não temos um sistema de tratamento de produtos químicos. Simplesmente nós não temos onde colocar aqui em Porto Velho. Nós não podemos jogar no riacho que passa lá atrás do campus.
Desde 2009, nós estamos trabalhando um projeto de fazer um sistema de esgotamento no campus, tanto de eflúvio de dejetos quanto de produtos químicos. Mandamos para o Ministério da Educação e foi aprovado. Ainda não conseguimos concluir a solicitação.
A universidade nunca teve um contrato de limpeza externa do campus, e isso porque é incompetência minha? Em absoluto. Nós nunca tivemos o custeio para fazer uma licitação e contratar uma empresa de limpeza e jardinagem pro campus. Como é que nós limpamos? Nós pedimos para a Prefeitura de Porto Velho, que manda lá dois garis para limpar um período, ou a base aérea que manda os soldados. E a gente depende deles. É por isso que você viu mato alto. Até porque, com esse processo todo de greve, a universidade ficou num estado complicado de gerenciamento ainda mais. Então veja bem, essa é razão do mato: falta de custeio para manter a nossa estrutura.
UOL: Além disso, há obras paradas...
Januário Amaral: O edifício de psicologia é um recurso do Finep [Financiadora de Estudos e Projetos]. Então, essa obra está parada por quê? Até prestar contas para o Finep, o Finep mandar novamente o recurso para que a gente possa fazer a licitação... isso está emperrado na burocracia.
A obra da educação física, por incrível que pareça, nesse período de greve, foi uma das duas obras que conseguimos licitar, porque os processos estavam dentro da Unir centro [reitoria invadida] Só esse foi possível fazer [essa] licitação do prédio e a de  um prédio lá em Rolim de Moura [cidade com campus da Unir]. Então, ano passado, foi licitado 50% dele. Os 50% foram 100% concluídos. Agora, vão começar os outros 50%, então, não está abandonada. Foi feito 100% daquilo que estava contratado. Agora vai ser feita uma nova licitação para concluir.
Tem um prédio que realmente está abandonado, no campus, que você não citou: é o prédio do mestrado de ciências da educação, porque a empresa não está conseguindo, não tem mais capacidade de gerenciamento da obra. Essa obra já tinha até encaminhado pra fazer um distrato do contrato e fazer uma nova licitação para concluir, que também tem recurso do Finep e a metodologia é mais ou menos aquela que eu já expliquei da psicologia.
UOL: E a cabana da biologia, condenada pelo Corpo de Bombeiros?
Januário Amaral: O prédio de madeira, da professora Carolina Dória, de ictiofauna, esse merece uma explicação mais detalhada. Primeiro: na matéria que saiu no “Fantástico” [programa da TV Globo], a professora me acusa, segundo ela, de que tinha recebido um recurso de não sei quanto, mas ela disse que acha que o que foi desviado foi em torno de R$ 800 mil, R$ 1 milhão, e dá a entender que eu sou o responsável por isso. Aquele laboratório nem existe do ponto de vista predial da universidade, ele não faz parte do patrimônio da universidade porque Furnas doou aquele laboratório ali, provisoriamente, e ele não foi incorporado ao nosso patrimônio. Se ele não foi incorporado ao nosso patrimônio, ele não faz parte do metro quadrado que nós temos dentro da universidade. Portanto, não tem como ser atendido na nossa demanda.
Neste ano de 2011, está sendo construído um prédio, no valor de R$ 2,8 milhões: é o laboratório dela, que vai ser construído agora, o de ictofauna. Já está sendo construído o laboratório. Mas, isso, ela não falou no “Fantástico”. Ela falou que aquele laboratório está aos pedaços, e é mesmo. E é responsabilidade dela, porque eu não ia colocar álcool ali dentro daquele espaço, se não pode ser colocado.
UOL: Mas onde ela poderia colocar, então?
Januário Amaral: Nunca ela [a docente responsável] chegou lá na reitoria e disse assim: ‘reitor, nós estamos desenvolvendo essa pesquisa, nós não temos um espaço físico aqui, é possível a gente fazer parceria com alguma instituição do Estado?  Porque, isso, a gente pode fazer, conseguir com a prefeitura um prédio provisório para que a gente coloque a nossa pesquisa. Isso não foi feito.
UOL: Na medicina, há salas abandonadas e corpos presos em formol vencido...
Januário Amaral: Você acha que o reitor tem que ir lá ao laboratório de anatomia pra ver se o formol está vencido, se o departamento de medicina nunca solicitou a compra de formol? Ou mandou para a pró-reitoria de graduação: “Olha, com tantos meses está vencendo o formol, o formol precisa ser trocado, precisamos de outras peças”. Isso nunca foi feito!
Agora vão ser devolvidos R$ 2 milhões que chegaram para comprar equipamentos da medicina e eles simplesmente não foram fazer outro processo de compra porque estão em greve. Nos próximos 10 dias isso aí será devolvido, porque eles não vão estar com um único processo de compra. E agora, eu não posso comprar porque eu não sei que equipamento vai ser. É preciso que o departamento de medicina sente e faça um projetinho do que vai ser comprado e mande para a pró-reitoria comprar.
UOL: Os problemas da universidade, então, não são de responsabilidade da reitoria?
Januário Amaral: Não. Existe um sistema de corresponsabilidade, tanto da reitoria, quanto dos departamentos. É um conjunto de decisões que têm que ser tomadas e um conjunto de ações que têm que ser feitas da administração superior e das unidades acadêmicas. Eu não estou dirimindo a minha responsabilidade.
UOL: O senhor acredita que esse movimento, que resultou na renúncia do senhor, possa ter começado pelo fato de o senhor ser homossexual?
Januário Amaral: Olha, eu não tenho dúvida disso. Eu quero dizer que eu sou uma pessoa caseira, tenho um relacionamento estável e minha vida é absolutamente normal e familiar e eu não tenho dúvida que isso tem a ver com essa prática, com atitudes homofóbicas de algumas pessoas que não aceitam a diferença no seu meio, no seu cotidiano. Não tenho a menor dúvida. Tem também isso. Isso junta tudo.
UOL: Ainda sobre as condições políticas, o senhor acredita que o movimento tenha motivações políticas?
Januário Amaral: A greve sempre foi política, nunca foi por melhoria de condições da universidade. Esse é um grupo político, que se organizou. A diretoria regional do PSOL é toda do comando de greve, o MEPR [Movimento Estudantil Popular Revolucionário, de extrema esquerda], o POR [Partido Operário Revolucionário], que migrou lá da Bolívia para Rolim de Moura, o PSTU. É um pessoal bem organizado e que tinha em mente a nossa saída da reitoria.
UOL: Estudantes e professores dizem que receberam ameaças de morte de gente do grupo político do senhor. O senhor tem conhecimento delas?
Januário Amaral: Isso é uma estupidez sem tamanho. Quem sofreu ameaça foi a gente. Inclusive, eu solicitei a abertura de inquérito na polícia federal para que se apurassem essas denúncias. Na minha casa, foi um grupo de estudantes, 3h30 da manhã, que tentou invadir minha casa. Isso está gravado, entreguei para a polícia. Nós tivemos a casa de um pró-reitor que foi atacada. Carros de nossos professores são atacados também.
UOL: Existe uma lista de professores ameaçados? O senhor sabe a origem dela?
Januário Amaral: Isso eles [professores] colocaram numa rede de e-mail, eu imprimi e mandei para a Polícia Federal fazer investigação. Não tem como saber [a origem], pois eu recebi a própria lista do comando de greve.
UOL: O Ministério Público acusa o senhor de envolvimento e participação em um suposto esquema de desvio de dinheiro da Fundação Riomar, que financiava atividades da Unir. O senhor sabia desse esquema, descoberto na ‘Operação Magnífico’?
Januário Amaral: Nós não temos conhecimento do conteúdo dessas denúncias do Ministério Público. Até porque nós já solicitamos cópias desses inquéritos, e ainda não foi dada a oportunidade de a gente saber com que argumento eles colocam que eu faria parte disso. Nós temos quase 11 mil alunos na universidade. Com todos os problemas que nós temos na universidade, eu teria tempo de administrar a Riomar? É uma falácia.
UOL: O senhor acumulou os cargos de vice-reitor e diretor da Riomar, não?
Januário Amaral: Eu fui diretor da fundação Riomar no ano de 2000 a junho de 2004. As minhas contas todas foram aprovadas, a fundação cumpriu um papel social importantíssimo. O prédio do laboratório de anatomia foi construído com a captação de recursos que eu fiz na fundação Riomar sem nem um centavo de ninguém, sem nem um centavo do MEC.
UOL: O senhor teve conhecimento de algum eventual caso dentro da Unir de mau uso de dinheiro originário da Riomar?
Januário Amaral: Não.
UOL: Os estudantes dizem que o senhor mantém relações políticas com a família Raupp. O senhor conhece o senador Valdir Raupp?
Januário Amaral: Assim como eu sou batizado na igreja católica, eu sou filiado ao PMDB. Agora, em que dias eu vou à igreja católica... Se você me perguntar onde é a sede do PMDB, eu não saberia te dizer. Nós temos atuado na universidade, até por que o nosso orçamento anual não dá suporte para a capacidade que nós precisamos, então, para você ter uma ideia: ano passado nós recebemos R$ 9 milhões de emendas parlamentares. Emenda de bancada. Foi a bancada de Rondônia que ajudou a Unir. É dessa forma que nosso relacionamento é puramente institucional, com todos, sem privilégio.
UOL: Agora, após a renúncia, o que o senhor pretende fazer?
Januário Amaral: Quanto a mim, vou entrar em um período de férias. Tenho 90 dias de férias que tenho que tirar. Vou cuidar da minha defesa, vou me dedicar a isso e à minha família neste período, à minha saúde e volto sim, de cabeça erguida, porque não devo nada, para dar aula no meu laboratório, na universidade, no ano que vem.
UOL: O senhor teme a reação dos alunos na sua volta?
Januário Amaral: Eu não tenho nenhum receio em relação a isso. Até porque, os alunos para quem eu vou ministrar aula são os do meu departamento, o de geografia, e do mestrado. Minha consciência está tranquila. Vou lutar pela minha honra, pela minha defesa e vou demonstrar que não devo nada. E vou continuar trabalhando pela Unir.
Pra mim, a Unir é melhor universidade do mundo, porque foi onde eu estudei. A gente não é uma USP, mas podemos ser melhor. A USP não tem a Amazônia para ser estudada.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

três assassinatos de homossexuais apavoram a população gay de Guarapuava, a 255 quilômetros de Curitiba, de apenas 170 mil habitantes. Todos os três crimes não foram solucionados pela polícia. Nesta quinta-feira, Adriano Felipe Bueno Monte, de 24 anos, foi encontrado morto, sem roupas, amordaçado e com pés e mãos amarrados, em uma pedreira próxima à Rodoviária da cidade. O corpo teria sido jogado do alto do penhasco. A polícia não comentou o assassinato e aguarda o resultado da análise do material recolhido no local. Não é descartada a possibilidade de que o estudante de Filosofia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UniCentro) tenha sido jogado do alto do penhasco ainda com vida. Segundo amigos, ele era homossexual assumido na faculdade.
Ao caso, somam-se as mortes dos jovens Tiago Esteche Rocha Cordeiro, 22 anos, em 2004, e David Rafael Kulak, de 23 anos, em 2003, também estudante da UniCentro. Tiago foi executado com tiros e seu corpo jogado nu, com sinais de tortura, em um precipício na Serra do Cadeado, próximo à rodovia PR-170, acesso ao município de Pinhão. Um telefone furtado da vítima levou a polícia até um suspeito mas o crime não foi solucionado. Já David foi esquartejado e seu corpo encontrado boiando no Rio Pinhãozinho. Um taxista que segundo testemunhas disse que teria matado dois “veados” na cidade foi investigado mas os crimes não foram a julgamento. 

Já Juliano Antunes de Lima e Marlon Borges dos Santos, de 17 e 18 anos, não seriam homossexuais, segundo as famílias, mas foram encontrados degolados no Rio das Mortes, em 2004. Como o crime foi na mesma época da morte de David e Tiago, não se descartou a possibilidade de um serial killer estar agindo na região. Crimes como estes chamam a atenção na pacata cidade que tem índice de criminalidade baixo, com meses em que não são registrados nenhum assassinato.

Estudantes da UniCentro e amigos de Adriano se reunirão nesta sexta-feira para protestar sua morte e pedir solução de mais este crime. Segundo o estudante Willian Nathan de Paula, um dos organizadores do movimento “Nada Vai Nos Calar”, os crimes são homofóbicos e é possível que tenham sido cometidos pela mesma pessoa. “Fico pensando quem será a próxima vítima e com medo de andar sozinho na rua”, desabafa o estudante. O protesto será nesta sexta-feira, dia 25, em frente à praça da Unicentro, no campus Santa Cruz, às 18h30.

Com a morte de Adriano, são 10 homossexuais assassinados no Paraná somente em 2011. Em todo o país, mais de 220 gays, travestis, transexuais e lésbicas foram mortos em razão da sua orientação sexual apenas até novembro, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

Bomba em Fina Estampa: Baltazar é gay! O mordomo duvida da sexualidade do motorista e começa a achar que, na verdade, ele é um homossexual enrustido e mal resolvido

A homossexualidade enrustida de Baltazar seria o motivo da imensa raiva que sente pela mulher
Foto: Divulgação - Rede Globo
Crô (Marcelo Serrado) tenta puxar assunto com Baltazar (Alexandre Nero), ajudá-lo na carreira de Solange (Carol Macedo), mas tudo o que consegue sempre é ser xingado.

Ele comenta com Marilda (Katia Moraes): "Cansei de tentar entender esse ogro juramentado". A empregada, então, pergunta qual é o problema de Baltazar. E ele responde: "Não sei. Mas no meu modesto entender tem alguma coisa errada. Macho que é macho não precisa viver anunciando que é a toda hora".
Crô começa a perceber que há algo estrenho no comportamento de Baltazar
Foto: Divulgação - Rede Globo
Parece que Baltazar não vai aguentar esconder por muito mais tempo que é gay! Sua família não sabe, é claro. Mas todos começam a desconfiar. Tudo porque, ao ver a filha e Daniel (Guilherme Boury) namorando no carro dele, Baltazar fica louco e agride o estudante. Uma reação exagerada! Solange estranha e comenta com Celeste (Dira Paes): "Mãe, o pai falou comigo de um jeito... Parecia até que estava com ciúme! Sabe, de namorado?"

Celeste manda o marido pedir desculpas a Daniel. Ele pede, mas não convence. Patrícia (Adriana Birolli) vê tudo na pousada e fica desconfiada. "Acho que o Baltazar tem um problema qualquer. Esse jeito tortuoso dele é a cara da dona Tereza Cristina!", comenta. Até quando ele vai aguentar ficar no armário?

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Fina Estampa

Caio Castro provoca a ira na comunidade gay. E você o que tem a dizer?


A frase do ator -  "antes pegador que veado" - é bafo. E se ele for convidado a viver um gay na TV?

Jornal do BrasilCom Pedro Willmersdorf
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O ator Caio Castro está na mira da comunidade gay e também de toda a sociedade. Em entrevista à revista Quem, ele disparou a seguinte pérola:  “Não acho que sou pegador. Mas vou te falar uma parada também, se você não tem fama de pegador e é solteiro, fica com fama de veado. Então, antes pegador que veado, né?”. O coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson, foi tácito: "As oficinas de interpretação da Globo deveriam ter uma aula de como não falar idiotices para a imprensa".
Caio Castro: "Então, antes pegador que veado, né?”
Caio Castro: "Então, antes pegador que veado, né?”
No ar, na TV Globo, como o carreirista, ambicioso e até mesmo um incentivador do aborto,  o estudante de Medicina Antenor, de Fina Estampa, Caio Castro também falou à revista sobre ambição: “A ambição dele é diferente da minha. Ele é egoísta e só enxerga a si mesmo. Coisa que eu não sou. Ele passa por cima de quem tiver de passar. Antenor tinha vergonha da mãe, e eu sou total família, para mim família é básico, é tudo”. O ator garante ainda: “Não é a minha ideia ser bonitinho, galãzinho fofinho para sempre. Antenor foi uma chance de mudar esse quadro. Não quero ficar estereotipado”, disse.
Carlos Tufvesson, que tem feito um trabalho incrível à frente da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio tem todo o direito de expressar a sua indignação. E nessa quinta-feira (24 de novembro), no Palácio da Cidade, em Botafogo, ele apresentará uma pesquisa quantitativa realizada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) durante a realização da 16ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, no início de outubro, em Copacabana.
Segundo os dados preliminares que a gente recebeu, os resultados mostram um raio-X do público que frequenta a Parada carioca e revela que 43% dos presentes são homossexuais, 34% são heterossexuais e 21% são bissexuais. 2% não souberam responder. A pesquisa vai a fundo em assuntos como a presença de turistas no evento, classe social, preconceito e religião dos participantes.
Os cidadãos também opinaram sobre a importância social da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro para as causas gays. Na ocasião, também serão entregues aos estabelecimentos capacitados pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual os primeiros selos "Rio Sem Preconceito". As capacitações têm acontecido frequentemente e se baseiam em aulas com noções de direitos civis e humanos.