
Nem comece a pensar que o momento "certo" de se assumir tem a ver com a idade. O tempo que deve ser levando em conta é quando você se sentir bem, primeiramente, com você mesma/o. Esse é o "relógio" que deve ser consultado. Imagine ir para uma prova sem ter estudado, você terá condições mínimas para dar conta do recado! Isso vale para a saída do armário.
A primeira coisa que deve estar em sintonia, estar bem é sua cabeça, seus pensamentos. Mas não precisa esperar esse ponto para pedir ajuda a alguém caso precise. Tente ver um/a grande amigo/a (mas de verdade mesmo), um/a professor/a, um parente com o qual você tenha um diálogo bom, um grupo de ativismo arco-íris, um psicólogo... Vai ser ótimo para você ter alguém para conversar, desabafar. Com você fortalecida/o, aí você pode dar o próximo passo: contar para mais alguém, e daí, o outro passo. O caminho acaba se formando.
Claro, claro, ninguém aqui está vendendo a idéia de que será fácil. Nem usamos essa palavra aqui até agora. A razão disso é porque a reação das pessoas pode ser imprevisível. A campanha Dia de Sair do Armário 2009 colheu depoimentos de LGBTs conhecidos sobre o outing deles (leia aqui).
Há gente que ganhou do pai viagem com o namorado, há pessoas que não tiveram a vida em nada mudada e outros que passaram por momentos horríveis. Agora, veja bem a resposta dessas pessoas para a pergunta sobre se é melhor viver dentro ou fora do armário! E fácil.. O que é fácil na vida? Passar no vestibular? Enfrentar o mercado de trabalho? Começar ou terminar uma relação? Fazer o salário durar até o final do mês? É, se fóssemos escolher apenas o que é fácil, é bem certo que não viveríamos.
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