quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jogadores que assumiram ser gays

Vilson Zwirtes
Jogador de futebol que assumiu ser homossexual desde a sua adolescência. Vilson, hoje atacante em Roca Sales, uma cidade a 140 km de Porto Alegre, já atuou no Lajadense, da segunda divisão do Campeonato Gaúcho. E foi exatamente no futebol profissional que ele encontrou maior resistência contra o fato de ele ser gay. “Tem clubes hoje que não me contratam ou não me convidam para jogar por causa da minha opção sexual”, revelou Vilson, que prefere jogar em divisões menores do futebol, numa forma de defesa contra a discriminação que encontrou nas divisões profissionais.


Rugby Gareth Thomas
O jogador de rugby Gareth Thomas surpreendeu os fãs do esporte ao assumir sua homossexualidade em entrevista para o jornal britânico Daily Mail. Com 35 anos ele já foi capitão do País de Gales e atualmente está no time Cardiff Blues.Durante a entrevista, Gareth Thomas contou sobre os medos em se assumir, os preconceitos e estereótipos que giram em torno dos gays. O jogador contou que sentiu todo tipo de emoção quando se descobriu gay, no final de sua adolescência, e que todos esses sentimentos e inseguranças voltaram quando entrou para o rugby, considerado um dos esportes mais violentos e machistas do mundo.




John Amaechi
O ex-jogador inglês John Amaechi, de 36 anos, assumiu ser homossexual em sua biografia recém-lançada, intitulada Man in the Middle (Homem no Meio). É o primeiro caso de gay assumido entre profissionais da NBA. Desde o lançamento do livro, o assunto ganhou destaque. Em um programa de TV, Amaechi contou como começou a "sair do armário" no tempo em que morou em Salt Lake City, enquanto jogava pelo Utah Jazz. Amaechi defendeu também o Cleveland Cavaliers e o Orlando Magic.


Lilico (Luiz Cláudio Alves da Silva
Luiz Cláudio Alves da Silva, o Lilico, fez história no vôlei em particular e no esporte brasileiro em geral. Foi o primeiro atleta assumidamente gay e um dos melhores jogadores da sua safra, Apesar disso, também sofreu com o machismo e o preconceito.Lilico foi campeão brasileiro de seleções juvenis em 1994; bicampeão da Copa Sudeste, em 94 pelo Banespa, e em 01 pelo Palmeiras; campeão da Copa Brasil em 94, pelo Banespa; vice-campeão mundial juvenil em 95; campeão do Challenger Brasil 01, pelo Palmeiras; campeão Paulista 00/01 com o Suzano; campeão gaúcho de 02; campeão da Superliga 02/03 e Campeão do Grand Prix 02/03, os três com a Ulbra.

Durante as convocações para as Olimpíadas de Sydney em 2000, Lilico estava no auge da carreira e mesmo assim não foi convocado para defender o Brasil. “Sou gay, mas jogo como homem”, declarou repetidas vezes o jogador. Depois de tantos títulos, o Atleta decidiu deixar as quadras e passou a estudar jornalismo (tinha planos de trabalhar na TV).


Internado desde 30 de dezembro na UTI da Santa Casa de São Paulo, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral), Lilico não resistiu e morreu no último dia 13. A pedido da família, seus órgãos foram doados e o corpo cremado.
  

Justin Fashanu
Primeiro jogador negro a ser vendido por mais de um milhão de libras no futebol europeu. Primeiro e único jogador gay do futebol profissional a sair do armário. Essas duas frases revelam um pouco da trajetória deste londrino que fez história, mas não expressam os sentimentos que o levaram a cometer suicídio aos 37 anos de idade em 1998.

Descoberto aos 14 anos de idade, o jovem menino de descendência nigeriana teve uma carreira meteórica, como a de muitos jogadores que chegaram ao estrelato no mundo do futebol. O centroavante passou por times da Inglaterra, Austrália, Canadá e Estados Unidos, se aposentou cedo e ficou conhecido mais por suas performances fora de campo. Sua transferência para o time Nottingham Forest por um milhão de libras, em 1981, foi um dos pontos mais lembrados de sua carreira, mas nada comparado ao trágico final de sua vida.

Em 1990, ele apareceu na capa do tablóide The Sun com o título “Estrela do futebol de um milhão de libras: eu sou gay” e contou sobre diversos casos com pessoas famosas, políticos e falou do preconceito no futebol, em um tempo em que gays acabavam de ser desconsiderados doentes pela Organização Mundial de Saúde.

A hostilidade posterior mudou a sua vida e ele nunca mais seria o mesmo, dentro ou fora dos campos. Os amigos de time, técnicos, seu irmão e até a torcida nunca mais o deixaram em paz. Enquanto isso os tablóides o idolatravam e ele comentava sobre óperas, virava uma estrela da mídia.

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