
Foto: Léo RamosAmpliar
Professor Luiz Carlos da Silva diz que precisou de coragem para oficializar a união homoafetiva com o auxiliar de produção Anderson da Silva
Yone destaca que as mulheres que optam pela carreira na polícia ou qualquer área ligada à segurança pública já enfrenta preconceito por ser mulher. “Eles ouvem piadinhas e isso é assédio moral. Imagina se falarem que além de mulheres são gays?”, questiona. “No Fórum de Lésbicas temos pelo menos 15 mulheres policiais ou profissionais da área de segurança que são gays. Algumas têm até medo de admitir isso na corporação”, conta.
Por meio da assessoria de imprensa, a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos confirma a tese de que o preconceito inibe policiais gays a assumirem dentro da corporação sua opção sexual. “Realizamos o Seminário Nacional de Segurança Pública e Combate a Homofobia e não encontramos um policial, homem ou mulher, que tenha se assumido gay”, informa a superintendência.
No dia 22 de junho, o professor Luiz Carlos da Silva, de 44 anos, oficializou sua união homoafetiva com o auxiliar de produção Anderson da Silva, de 24. Durante a cerimônia coletiva, com outros 42 casais gays, Luiz admitiu que precisou ser convencido pelo atual companheiro a casar. “A gente vive numa sociedade tão hipócrita, que eu não acreditava que fosse tomar essa decisão."
O professor, que mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, acredita que seus vizinhos saibam sobre sua opção sexual. “Nunca fomos vítimas de preconceito”, afirma. Porém, ele diz que na vida profissional trata com discrição sua opção sexual. “Seria bom se todos pudessem sair do armário, mas no dia a dia não é assim”, reconhece.
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