quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Conferência LGBT será em dezembro


Clique para Ampliar
Um dos maiores desafios, neste ano, tem sido aprovar o projeto de lei que criminaliza a homofobia
Brasília. O lançamento ontem da 2ª Conferência Nacional LGBT, que será realizada em dezembro, foi marcado pela defesa do combate à homofobia. Estavam presentes integrantes do governo federal, de governos estaduais, de entidades civis e de movimentos sociais.

"Sabemos que o que ocorre no mundo contemporâneo, onde forças conservadoras movidas pelo ódio avançam, deve ser barrado no Brasil, porque a intolerância não deve perdurar no Brasil. O Brasil e o Estado brasileiro têm compromissos e não recuarão um só milímetro no enfrentamento dos crimes de ódio, particularmente da homofobia", defendeu a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), responsável pela organização da conferência.

O evento tem o mote "por um país livre da pobreza e da discriminação". Nas palavras de Rogério Sottili, representando o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), "a 2ª conferência está muito bem marcada: é a luta contra a discriminação".

A ausência do Congresso Nacional no debate dos direitos LGBT foi criticada por Irina Bacci, integrante do Conselho Nacional LGBT. "Nesse momento de crescimento da onda conservadora, fascista, com uma série de crimes homofóbicos, não dá para deixar de citar que há, sim, responsabilidade do Parlamento, que tem sido covarde e tímido com os direitos humanos".

Um dos maiores desafios do movimento gay, este ano, tem sido aprovar o projeto de lei que criminaliza a homofobia, hoje na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), além do Congresso, a postura do Executivo também é problemática. "Muitas vezes, o governo federal se acovarda frente a esses grupos, que usam a questão eleitoreira para chantagear o governo", disse.

Orgulho hétero
Bacci citou a aprovação do Dia do Orgulho Heterossexual pela Câmara Paulistana ao falar das reivindicações do movimento gay. "A gente não quer nenhum privilégio, como disse um vereador em São Paulo, queremos direitos iguais", afirmou.

Nenhum comentário: