residente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais diz que proposta do vereador Carlos Apolinário foi ‘de péssimo gosto’

Presidente da ABGLT diz que desconfia muito de quem tem comportamento homofóbico
São Paulo – A aprovação da proposta do vereador Carlos Apolinário (DEM-SP) de criar em São Paulo o Dia do Orgulho Gay provocou reações da comunidade homossexual em todo o país. A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) enviou manifestações de repudio ao projeto, que pode virar lei se for sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab.
Na mensagem, Reis diz que é favorável às pessoas terem orgulho, mas não quando esta palavras carrega conceitos como “empáfia e soberba”. Ele diz ao vereador que deseja a paz, e não a guerra entre dois grupos. “Nunca vi um heterossexual ser morto por sua opção. Mas já temos muitos assassinatos e espancamentos registrados, em que a agressão foi motivada pelo fato da vítima ser gay”, diz.
Toni Reis, presidente nacional da ABGLT, enviou uma mensagem a Apolinário manifestando repúdio ao projeto que, nas palavras do vereador, tem como objetivo “estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.
Veja abaixo entrevista com Toni Reis, presidente nacional da ABGLT.
EXAME.com - Como o senhor vê a proposta do vereador Carlos Apolinário de criar o Dia do Orgulho Hétero em São Paulo?
Toni Reis - A Câmara de Vereadores deveria ter discussões de um nível um pouco mais elevado. Deveriam primar por uma prática constitucional melhor. Achei de péssimo gosto, falta do que fazer. Todo mundo deve ter orgulho de ser o que é, mas comparando apenas consigo mesmo. Quando comparo com o outro a coisa complica. A proposta do vereador Carlos Apolinário chega a parecer brincadeira. Não vai acrescentar nada.
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