André Gonçalves e Lui Mendes vivem dois gays na TV atualmente, e não é no “Vale a pena ver de novo”, muito menos numa reprise do canal Viva. Em 1995, quando não se falava em beijo homossexual nas novelas, eles deram vida ao polêmico casal Sandrinho (André) e Jefferson (Lui) de “A próxima vítima”, que marcou época na teledramaturgia brasileira. Agora, em “Morde & assopra”, André encarna Áureo, que sai de casa para assumir sua opção sexual e, ao voltar, choca a família e a pequena cidade de Preciosa. E, em “Amor e revolução”, do SBT, Lui interpreta Jeová, o carcereiro gay que demonstra humanidade com os presos políticos.
— Estamos fazendo praticamente um mestrado no assunto (risos) — diverte-se André: — Alexandre Borges costuma dizer que eu só faço coisas exóticas. Graças a Deus, é um personagem contemporâneo, que vai além daquele amor de Romeu e Julieta.
Autor de “Amor e revolução”, Tiago Santiago — que escreveu o polêmico beijo entre as atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre, exibido na semana passada — diz que a repetição dos atores em papéis homossexuais foi obra do acaso.
— É uma grande coincidência, coisa do inconsciente coletivo — afirma ele, que jura também não ter sito proposital a escolha do nome religioso para batizar o personagem gay: — Não foi pensado para criar polêmica. Jeová pertence a uma família religiosa. Trata-de se de um cara legal, um dos únicos que tem pena dos prisioneiros.
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