terça-feira, 1 de novembro de 2011

Minorias esperam lotar a Parada Gay de Jundiaí

Evento que chega a sua 6ª edição promete incluir denúncias de preconceito e falta de legislação no paísJOSÉ ARNALDO DE OLVEIRA
As agências imobiliárias suspendem a negociação para alugar uma casa quando ficam sabendo que o imóvel será usado por dois homens, diz o transformista Alex O´Sullivan, que foi “miss” da parada em 2010. Em uma empresa onde trabalha, a transsexual Jéssica Dias chegou a presenciar a hipótese de construção de um terceirobanheiro além do masculino e do feminino. 

E mesmo com a cirurgia de mudança de sexo, a representante da escola de samba Arco Íris, Carla Basílio, foi desclassificada na disputa do ano passado para Rainha do Carnaval.

Todos esses exemplos fazem parte da chamada “luta contra o preconceito”, em que essas minorias se baseiam para fazerem neste domingo (30) a sexta edição da Parada Gay de Jundiaí com saída às14h do centro esportivo José Brenna (Sororoca), na avenida União dosFerroviários. Como de costume, é um protesto festivo com carros de som desfilando pela via até as 21h. 

“A gente está fazendo um trabalho sobre os esforços que fazem para a organização”, diz a estudante Ana Carolina Souza, da Fatec Jundiaí, que acompanhou os preparativos da paradacom o colega Júlio Toresan para o curso de logística de eventos da faculdade.  

No alto do carro de som, a apresentadora “Umbelina M.M.” sabe que vai ficar sem voz nos dias seguintes. Ele explica que a animação cresce com o desenrolar do evento. “Éramos10 mil no primeiro ano, quando foi feito um ato contra uma violência na avenida9 de Julho. Esperamos chegar a 25 mil agora, com famílias e amigos heterosprestigiando a festa. Em Jundiaí ainda temos a raiz do movimento, de não seperder como um carnaval”, diz.

São esperadas também adesões vindas de outras 8 cidades da região, como Itatiba e Bragança Paulista que também fazem seus próprios atos depois do precedente em Jundiaí. Gente com nomes artísticos como a transformista Danne Stern ou as “drag queens” Scarlet, Marilyn e Latífane gastam alto com roupas para a data. 

Querem fazer a festa eao mesmo tempo mostrar para a comunidade que homossexuais não vivem de programas. Em resumo, prometem boa diversão

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